Tópico: ETIQUETA NO KARATE

[DElia]

Prezado 22,
li atentamente, e para "encurtar o caminho" quantifiquei seus comentários:
respeito no Karate,  100% certo;
filosofia no Karate,  90 % certo;
Dojo kun, 100 % certo;
ensinar, 50 % certo;
"vitrine" do Karate, 100% certo.
Suas ponderações são, na minha visão, objetivas, plenas e interessantes.
Oss

[Vinteedois]

Suas ponderações são, na minha visão, objetivas, plenas e interessantes.

Oss!

 

[A. HIGINO]

Perguntaria então a todos:


O que fazer se o seu Sensei lhe convocasse para fazer um Jyiu-Kumitê-Explosão?

Pegaria leve, enquanto ele luta duro?

Seria assim que vocês gostariam de ser tratados quando fossem Sensei’s ou Senpai's?

.........................

“Toda ação corresponde a uma reação com força igual ou superior a sofrida�.

Todos nós sabemos quando é chegada a hora de nos recolhermos, mas infelizmente muitos comodamente insistem em perpetuar a regra filosófica “dos intocáveis�.


OSS...

[yama]

Oss

enquanto conseguir ficar em pé ,vou dar bastante diversão à ele  e a mim 

depois hospital e agua de coco  ,para me restabelecer....

Oss
alberto

[DElia]

Prezados,
parto da premissa que etiqueta é basicamente respeito com alguns "perfumes" , somente um professor despreparado, destreinado, sem boa formação, irá lutar com um aluno sem controlar seus golpes, sujeitando-o à contusões sérias e riscos desnecessários.
Por exemplo, na minha concepção, durante uma aula ou um treino na posição de professor: bater duro é golpear tsuki-jodan e não havendo defesa compatível, o golpe toca o adversário sem nocauteá-lo, diferentemente de bater para por "prá baixo", com defesa ou sem defesa!
Garanto que num grupo de 10 alunos não graduados, se o professor sistematicamente bate na cara, machuca mesmo, não irá sobrar ninguém no prazo de alguns meses.
Para ilustrar meu comentário por diversas vezes, muitas mesmo, recebia visita de alunos de outros professores que queriam fazer uma aula,  independente da faixa colocava ele à vontade e dependendo do tipo já saía de cara comigo, eu tratava como meu aluno e fazendo apenas o necessário para mantê-lo no seu lugar, mostrando quem era o professor.
Agora, se chegasse alguém pedindo para treinar ou lutar, a conduta era bem diferente ... alguns chegavam determinados, aí tudo bem, já mostrava logo o vestiário ... outros eu ainda oferecia para que fizessem uma aula, insistia mesmo, uns aceitavam e eu ganhava o aluno, outros desavisados, cheios de marra, eu não deixava passar vontade.
Como eu afirmo que grande parte da etiqueta é respeito, devemos então bater duro como forma de mostrar respeito!
Oss

[sandraherbst]

Oss 22,
Olá,
Não é que este tópico rendeu e pelo que vejo continuará rendendo.
A filosofia e a história do karatê, bem como o de várias das artes marciais (marcial de Marte, Deus da Guerra) que lhe antecederam ou deram origem, não pregavam a mansidão ou inação como forma de aplicação da filosofia.
A quietude, ou se preferir o silêncio interno, ou a ausência de "sentimentos" são a condição básica para "incorporar" o adversário e assim derrotá-lo.
As histórias dos Mestres e a discussão da filosofia em sua aplicação não implicam em necessariamente nos tornarmos "Madres Terezas" ou "Mahatmas Gandhis", desfilando nossas caras por aí, nos dispondo a tomar porradas e mostrando o quanto somos moralmente fortes por suportar tanta dor ao invés de causá-la a quem nos causa.
Ser bem compreendida nunca foi parte integrante da minha história. Então, vou como melhor me entendem, "curto e grosso" :
A filosofia e a História dos Mestres ajudam a legitimar as porradas que vc achou necessárias dar em alguém, que provavelmente merecia. Quanto a onde dar, traquéia bem aplicada e ele(a), fica mais esperto (na próxima encarnação) e ajudam na teoria da legítima defesa, principalmente se vc for mulher e não for faixa-preta.

[DElia]

A filosofia e a História dos Mestres ajudam a legitimar as porradas que vc achou necessárias dar em alguém, ....... principalmente se vc for mulher e não for faixa-preta.

Prezada Senhora Karateca,
Dia desses, andando na calçada da rua onde moro, sempre com cuidado para não tropeçar, li rapidamente no cartaz que tem um cardápio, na porta de um restaurante: " Perna de moça, gostosa, aberta". Pensei comigo, de péssimo gosto oferecer isso num restaurante!!!
No dia seguinte, com mais calma e com mais atenção, li o que estava escrito realmente:
"Venha provar nossa especialidade: Peixe Perna de Moça, em gostosa receita, aberta na grelha"
Sugiro que ao ler uma postagem, pare de andar por um instante e leia somente o que está escrito, ou então, contenha-se para não fazer uma interpretação inconsequente.

[sandraherbst]

Oss
D'Elia Sensei e 22.
O que vcs chamam de comentários inconseqüentes eu ouso chamar de "provocação intelectual" e pelo que vejo funcionou muito bem. Fez com que o 22 esclarecesse seu comentário jocoso sobre "campeonatos de filosofia" junto ao de kumitês e katás. Nos deu de lambuja o parecer de um dos ícones do Karatê brasileiro, o grande Ricardo D'Elia.
Mas já que o assunto são equivocos e etiqueta...
Por volta de 1980, entrando na faculdade de Ed. Física na USP, tive meu segundo e definitivo contato com o karatê Shotokan (já havia conhecido o estilo através de um prof. chamado Walter Fleury) e já praticava outro estilo há muitos anos, mas não gostava de como era praticado em SP.
Solicitei ao Sensei Sasaki. que dava aulas no CEPEUSP. freqüentar os seus treinos e como deveria me apresentar (cor de faixa que deveria usar ). Sensei disse que deveria usar a minha faixa e me esforçar para aprender os katás e se eu decidisse mesmo treinar Shotokan, depois iriamos fazer os exames de faixa. Devido aos compromissos com a faculdade necessitei alterar os horários do treino e só podia treinar pela manhã, perguntei ao Sensei Sasaki como proceder e ele me disse que me apresentasse, tal como fiz com ele, ao Sensei da manhã. Fiz tal qual me foi dito. Ele olhou para mim com desdém e após o aquecimento e katás pediu que nos dirigíssemos à quadra externa onde colocou os alunos um a um para lutar comigo, fiquei mais de 45 minutos fazendo kumitê um atrás do outro e o último foi com ele. Achei ridículo. Primeiro, porque eu fui lá para aprender um estilo que eu achei bonito, elegante e, até lutar com ele, eficiente. Segundo, porque eu achei que não mentir sobre treinar outro estilo seria mais honesto do que omitir e menosprezar a inteligência de um Sensei. Terceiro, não havia nenhuma intenção de minha parte em medir forças entre estilos ou criar um clima inamistoso com pessoas que eu pretendia que fossem meus pares durante os anos de universidade. Nem sempre alguém que vai a um dojô, que não seja o seu de origem, o faz para desacatar ou desafiar. Minha filha treina com Sensei Carlos Rocha, eu gosto do dojô e das pessoas do local. Saí da USP e fiquei meio à deriva (sem treinar). Pedi permissão ao meu Sensei, se poderia treinar em outro dojô e ao Sensei Carlos se me aceitaria treinando lá. Acho legal a integração entre dojôs. Não compete a mim comparar os Mestres. mas agradecê-los por cada lição recebida, inclusive ao Sensei D'Elia pela lição .
Mas afirmo ainda que a traquéia é um excelente local para uma definição (não fui eu quem deu a idéia. mas concordo com a sugestão do 22)
Oss
Sandra
(não fiquem bravos não, ainda sou faixa verde, um dia ainda vou amadurecer ou apodrecer no pé como dizia minha avó)

[GUICOMES]

Essa tia parece até o capitão américa.

[sandraherbst]

OSS
Capitão América
Coisa mais machista.
Tia ?
Lamentavelmente, só tenho dois sobrinhos e nenhum com seu nome ? codinome ? vulgo "o que" ?
Não entendí o comentário !
Se é mulher é "tia" ?
Se é homem que não tem o que fazer é "macho pra caramba" ?
Guicomes, se vc tem primos, permita-me dizer, que "tia" é a progenitora.
Fui ! (por enquanto)

[sandraherbst]

Oi Sandra,

Vc tocou em um ponto que acho interessante.
Até hoje nos locais / estilos que tenho treinado a enfase dos treinamentos sempre foi dada aos ataques. Treinamos movimentos de defesa nos kihons mas não é  com a mesma enfase e importancia. Só tive um professor que se importava com as esquivas mesmo assim eram bem básicas.
No geral é + ou - isso mesmo: Aprende-se alguns movimentos de defesa e na hora do vamos ver fica na base do "se vira nos 30", só os mais ariscos e bem condicionados se saem bem.
Não concordo muito com este tipo de coisa e porisso tenho procurado materiais didaticos que trazem este tipo de assunto para treinar fora das aulas. Treinar defesa / esquivas sem alguem pra simular os ataques é bastante complicado - mesmo assim estou tentando.
Até pensei em comentar com o sensei sobre isso, mas fico com receio de passar a má impressão de estar questionando o método de ensino e a coisa ficar ruim entre nós...
Isto levanta bastante polemica. Existe a frase que diz "A melhor defesa é o ataque.". Porem gosto do ataque que nasce a partir de uma defesa / esquiva, me parece mas eficiente. Um contra ataque bem executado desmotiva bastante a opressão.

OSS

[sandraherbst]

Oss Lourival,
Como falei sou faixa verde juramentada de Shotokan há 28 anos.
Vou te dizer do que sinto com relação às minhas dificuldades:
Ser mulher de dá várias desvantagens e duas vantagens.
Mulheres são, hormonalmente, desprovidas de força física, costumam ser menos densas, porém bem treinadas tem uma visão espacial melhor, maior flexibilidade e são mais ágeis que homens o que implica dizer que batemos melhor no contra ataque.
Sabe aquele momento da passagem no qual fica uma pequena abertura em ponto vulnerável ?
É neste momento que temos vantagem.
Mulher tem que proteger bem o rosto, um soco ou mesmo tapa na cara tem um efeito devastador para o sistema vestibular feminino. Defesa é, em suma, de importância vital. Porém se o assunto for lutar para valer acredito que o contra ataque seja mais indicado do que a defesa. Mas tem que treinar muito para desenvolver "timing antecipatório" (para saber encaixar o golpe no tempo certo) e ter o controle do golpe para que ele seja desferido com a precisão, velocidade e força necessárias para que tenha êxito. Se vc tem dúvidas, melhor levá-las ao seu Sempai que vai ou não levá-las ao seu Sensei. Os Sempais conhecem melhor as regras do dojô e poderão fazer esta ponte sem a quebra da hierarquia. Muitas vezes estes até poderão ajudá-lo.
Oss
Espero ter sido útil
Sandra

[PSekiMG]

Oss,

No Dojo do meu Sensei, num simples Kihon Ippon, não atacar seu "oponente" como toda a força e velocidade é fala de respeito, pois se eu quero que meu colega desenvolva suas defesa corretamente e de forma eficiente, não posso "pegar leve"...

... e nada legitima a intenção de bater, mas sim a de se defender, que se for o caso, não vejo problema em quebrar uma traquéia para que a sua própria, ou a de um próximo, não seja quebrada. A doutrina do Karate lhe impõe regras. Aprendê-las é fundamental. Ora, Karate não é esporte (apesar de existir a prática esportiva), é arte marcial e como tal prima o desenvolvimento físico-espiritual para que seus adeptos lidem melhor com as adversidades do cotidiano, seja pelo intelecto ou pela força.

"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas" (Sun Tzu - A Arte da Guerra).

Oss.

[RicardoCosta]

 

OSS

[samurai]

Agora sim temos etiqueta no karate, 

OSS