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Karate => Organizações, estilos, polÃtica, filosofia e cultura associada ao karate => Tópico iniciado por: sakuragi em Julho 31, 2013, 17:15:44
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Olá,
Bom já a algum tempo quero perguntar aqui, o que é ser tradicional para vocês ... a pergunta surgiu de pessoas que visitam o dojo. E sempre que começam a indagar, perguntar sobre estilo, professor e etc. vem com a seguinte pergunta "Vocês são tradicionais??" logo eu costumo perguntar o que é ser tradicional para a pessoa ... e obtive respostas diferentes de cada um.
Só para esclarecer, sou shodan que costuma informar as pessoas que visitam o dojo pela primeira vez.
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Osu,
Tem-se adotado neste fórum postura mais positiva para que o debate seja iniciado de forma correta, pelo que seria necessário, para compreendermos o que você deseja "saber", qual seu posicionamento sobre o tema "o que é tradicional".
Osu.
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Boa pergunta!
Oss!
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Acho que é quem estuda a técnica e filosofia dos velhos mestres. Quem pratica karate como caminho de vida e método de defesa pessoal.
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Na minha opinião no que diz respeito ao karatê todos são tradicionais. A tradição já se torna óbvia logo de cara pelo (OSS),a roupa que é peculiar e por aà vai.
O "problema" é que o shotokan ficou como "o estilo que mais preserva a tradição". Do alto da minha ignorância (treino outro estilo) acho justo.
OSS!
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Acho que é quem estuda a técnica e filosofia dos velhos mestres. Quem pratica karate como caminho de vida e método de defesa pessoal.
Concordo e ainda complemento, tradicional é aquilo que esta ligado à raiz, essência da prática em Okinawa, assim como os velhos mestres faziam (claro que com adaptações, afinal um treino dado como é feito em Okinawa iria esvaziar os Dojo's).
Creio que o "tradicional' refere-se ao estilo com menos adaptações ocidentais e ao que mais se aproxima do oriental.
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Olá!
Pergunta de simples resposta:
Eu sou do tempo que homem dançava só com mulher,
e mantenho essa tradição.
Oss
Pedro
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Acredito que deve ser tratado como Tradicional, independente do estilo, o Karate quando é praticado sem deixar de lado a filosofia coo modo de vida e a tecnica marcial como defesa pessoal propriamente dita.
No meu ponto de vista para se chamar de tradicional deve-se seguir ao maximo possivel os treinamento das raizes do Karate, considerando algumas alterações legais, morais e sociais que os tempos atuais exigem.
Agora o que não pode acontecer é um Karate, como o do dojo onde eu treinava, se transformar em uma arte totalmente esportiva, onde atletas são incentivados a não usar sacos de pancada ou makiwara ou seja não conseguem dar um soco de verdade, e ainda querer ser chamado de tradicional só porque supostamente ensinam o Shotokan da JKA.
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Seguir as tradições. Isto é: costumes, preceitos e normas dos antepassados. No Karatê é seguir a filosofia e as técnicas corretas.
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Ser Tradicional é, ao entrar e sair do dojo bradar OSS; é acordar no dia seguinte pós treino sem conseguir andar direito de tanto chute que treinou; é ter um contato Ãntimo com o makiwara; é ter a certeza que se não lutar sério vai sair machucado; é aprender a conviver com hematomas e dores pelo corpo; é procurar a cada treino melhorar suas técnicas; é estudar o karate fora do dojo também, é ter gratidão ao seu sensei por lhe ensinar (mesmo que você pague mensalidade) e acima de tudo levar o karate com a devida seriedade, esforço e dedicação que a arte merece, sintetizando, é viver o karate.
É o que EU julgo como ser Tradicional.
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Esclarecendo meu post acima, a boa pergunta não é: “"Vocês são tradicionais?? e sim: o que é ser tradicional para você? Pois esta questão tem diferentes sentidos:
a) Pode ser no sentido de preservar as tradições ou aderir às inovações da modernidade;
b) Relacionado à filiação em entidades organizadoras, a exemplo da Tradicional (ITKF), Oficial (WKF) e outras milhares;
c) Na dicotomia ideológica que separa o karate em Tracional x Esportivo.
Não existe informação melhor para aquele que quer conhecer o “karate†que se pratica em um recinto do que assistir no mÃnimo uma aula, daà você pode classificar de acordo com seus próprios critérios, pois as opções acima listadas são SUBJETIVAS porque cada uma tem um sentido, IMPRECISAS porque o que realmente define são as práticas dentro do Dojo e CONTRADITÓRIAS porque é costume de muitos dizer uma coisa e fazer outra.
Valorizar as tradições está relacionado com a qualidade de um Dojo, eu particularmente costumo observar vários aspéctos:
• NÃvel técnico e fÃsico: dos alunos e do professor no kihon, kata e kumite;
• Comportamento: respeito, ética, cortesia, princÃpios, valoeres morais, kimono branco, uso correto das cerimônias e das terminologias do karate;
• Conteúdo da aula: de que forma são exigidos os alunos, demonstração do Sensei, conhecimento teórico nos aspéctos históricos e filosóficos;
• Higiene e segurança: Limpeza, exercÃcios corretos e procedimentos para evitar riscos de lesões;
• Equipamentos: protetores, saco, makiwara, tatame, etc.
Infelizmente, temos muito poucos Dojos com estas qualidades, estou procurando faz tempo.
OSS!
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Com base nos conceitos apresentados pelos camaradas, uma das coisas que posso concluir é que karatê tradicional tenha sido um termo criado por um conjunto de praticantes do estilo shotokan (no caso especÃfico do Brasil foi em 1986), os quais buscam ser diferentes do grupo complementar, o qual, por conseguinte seria chamado de não tradicional.
O mais impressionante disso é que muitos de ambos os conjuntos foram formados pelos mesmos mestres. Logo, tais valores são absolutamente iguais em ambos os dojos - do tradicional e do 'não tradicional'.
E o mais triste foram as consequências disto, quase trinta anos passados, com o karatê shotokan no Brasil.
[]´s
Big
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O termo realmente esta sendo usado errado. Convencionou-se usar o termo aqui no Brasil para quem treina nos moldes do karate de Nakayama, apesar do Karate do Nishiyama ter oficialmente o nome Tradicional.
Porem tradicional mesmo é o karate de Okinawa, nem o de Funakoshi era. Portanto esse tradicional é babaquice. O próprio karate da JKA já se distanciou do de Nakayama.
Eu uso o termo tradicional para um karate mais cadenciado no qual o esporte é um meio e não o objetivo. Respeito, higiene, pontualidade e um certo sofrimento são caracteristicas desse tipo de karate.
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onde assino Gustavo?
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PSekiMG mil desculpas não consegui responder ontem ... bom estou nesse questionamento pois meu pensamento é o mesmo do Gustavo
Porem tradicional mesmo é o karate de Okinawa, nem o de Funakoshi era ... Eu uso o termo tradicional para um karate mais cadenciado no qual o esporte é um meio e não o objetivo. Respeito, higiene, pontualidade e um certo sofrimento são caracteristicas desse tipo de karate.
... e maioria das pessoas que fazem essa pergunta no dojo costuma confundir em vários niveis o termo ser tradicional ...
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Na minha opinião, se for levar para uma visão mais radical, o Karate Shotokan nem pode ser considerado um "Karate tradicional". O Karate de Funakoshi era muito diferente do karate Shotokan que vemos hoje. POr mais "tradicionalista" que o praticante de SHotokan possa ser, seu Karate pára em Nakayama e Yoshitaka. Funakoshi era "tradicional" pq seguia o Karate de seus mestres, mas esses seus discipulos alteraram demais o seu Karate a ponto de quase nao ser a mesma coisa. Nao que isso seja ruim, pq se vc acha que pode melhorar algo, que faça! Até pq, pra mim oq separa um praticante comum de um gênio marcial é a capacidade de, depois de ter se adaptado ao Karate (no inicio do treinamento), conseguir fazer o Karate se adaptar a vc!
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Osu,
Lembro-me que num determinado Gashuku fui questionado sobre isso, embora eu jamais tivesse externado ser tradicional. Assim, creio que minhas atitudes foram mais relevantes do que os meus próprios conceitos.
De fato, Karatedo não é algo jurássico como muitos pensam, motivo pelo qual dizer que é tradicional porque segue os moldes das artes marciais próprias do antigo Reino de Ruykyu é incorreto. Contudo, manter a tradição não é tabu e consiste apenas de seguir aquilo que fora legado. Neste caso, desde a concepção mais modernizada do Karatedo pelo O-Sensei G. Funakoshi até os mais recentes instrutores da arte marcial, há a preservação de valores, técnicas etc, embora este não seja o ponto central.
Acredito que muitos, e esse não é meu posicionamento oficial, separam o Karate em esportivo (olÃmpico, como muitos assim o chamam) e Tradicional. A questão é que para os primeiro, Karate nada mais é do que um esporte, ao passo que para o segundo, esporte é só uma das vertentes do karate.
Osu.
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Na minha opinião, se for levar para uma visão mais radical, o Karate Shotokan nem pode ser considerado um "Karate tradicional". O Karate de Funakoshi era muito diferente do karate Shotokan que vemos hoje. POr mais "tradicionalista" que o praticante de SHotokan possa ser, seu Karate pára em Nakayama e Yoshitaka. Funakoshi era "tradicional" pq seguia o Karate de seus mestres, mas esses seus discipulos alteraram demais o seu Karate a ponto de quase nao ser a mesma coisa. Nao que isso seja ruim, pq se vc acha que pode melhorar algo, que faça! Até pq, pra mim oq separa um praticante comum de um gênio marcial é a capacidade de, depois de ter se adaptado ao Karate (no inicio do treinamento), conseguir fazer o Karate se adaptar a vc!
Eu raciocino mais ou menos como você, tradicional por tradicional, nenhum Karate hoje é. O que temos, é aqueles que querem resgatar o karate mais completo e aqueles que buscam treinar somente para campeonatos, lapidando do karate o que não seria eficaz e é proibido numa disputa esportiva.
Como exemplo de perda de tradicionalismo, tenho alunos de mais de 40 anos que não desenvolvem abertura de pernas nem se amarrar na carroça, então, trabalho neles o que possuem de melhor, ou seja, chutes a nivel gedan / tildan e principalmente socos.
Agora imagina quantos movimentos foram mudados devido a limitações de praticantes ao longo das décadas que acabaram se perdendo?
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O termo realmente esta sendo usado errado. Convencionou-se usar o termo aqui no Brasil para quem treina nos moldes do karate de Nakayama, apesar do Karate do Nishiyama ter oficialmente o nome Tradicional.
Porem tradicional mesmo é o karate de Okinawa, nem o de Funakoshi era. Portanto esse tradicional é babaquice. O próprio karate da JKA já se distanciou do de Nakayama.
Eu uso o termo tradicional para um karate mais cadenciado no qual o esporte é um meio e não o objetivo. Respeito, higiene, pontualidade e um certo sofrimento são caracteristicas desse tipo de karate.
Apoiado.
Obs: Onde eu encontro esse karate aqui na baixada santista?????
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Na minha opinião, se for levar para uma visão mais radical, o Karate Shotokan nem pode ser considerado um "Karate tradicional". O Karate de Funakoshi era muito diferente do karate Shotokan que vemos hoje. POr mais "tradicionalista" que o praticante de SHotokan possa ser, seu Karate pára em Nakayama e Yoshitaka.
Se for levar para uma visão mais radical ainda, todos outros estilos acabaram por sofrer influência do Shotokan, a começar pelo consenso em usar kimono branco e depois pela ascensão do karate pelo mundo proporcionada pelas inovações do Sensei Nakayama.
OSS!
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Osu,
"Tradição" não é o mesmo que "antigo".
Osu.
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Apoiado.
Obs: Onde eu encontro esse karate aqui na baixada santista?????
Olá, acredito que o dojo do Sensei Yama (Alberto) seja em Santos.
Osu
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Tem também o sensei Ari lá de Santos.
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O termo realmente esta sendo usado errado. Convencionou-se usar o termo aqui no Brasil para quem treina nos moldes do karate de Nakayama, apesar do Karate do Nishiyama ter oficialmente o nome Tradicional.
Porem tradicional mesmo é o karate de Okinawa, nem o de Funakoshi era. Portanto esse tradicional é babaquice. O próprio karate da JKA já se distanciou do de Nakayama.
Eu uso o termo tradicional para um karate mais cadenciado no qual o esporte é um meio e não o objetivo. Respeito, higiene, pontualidade e um certo sofrimento são caracteristicas desse tipo de karate.
Concordo com tudo o que o meu amigo Gustavo disse. No entanto, apesar de eu me considerar um perfeccionista, não iria cair no ridÃculo de continuar a escrever numa máquina de dactilografar antiga, por exemplo, uma Kanzler de 1903, tendo um pc ao meu lado...
Hai! Oss!
Lezon
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O termo realmente esta sendo usado errado. Convencionou-se usar o termo aqui no Brasil para quem treina nos moldes do karate de Nakayama, apesar do Karate do Nishiyama ter oficialmente o nome Tradicional.
Porem tradicional mesmo é o karate de Okinawa, nem o de Funakoshi era. Portanto esse tradicional é babaquice. O próprio karate da JKA já se distanciou do de Nakayama.
Eu uso o termo tradicional para um karate mais cadenciado no qual o esporte é um meio e não o objetivo. Respeito, higiene, pontualidade e um certo sofrimento são caracteristicas desse tipo de karate.
Sem mais
#Oss
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Para mim ser tradicional é utilizar o reigi sem brincadeiras no dojo , se focar na marcialidade depois se focar em competiçoes.
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Oss, concordo com a resposta do Felipe.
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Olá!
Há perspetivas diferentes e que para resumir numa mais simples e concreta, digo que ser tradicional é treinar Karate com seriedade, não sendo por isso preciso justificar com as mãos calejadas...
Abraços
Lezon
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Uma definição técnica de "tradição" que se aplica perfeitamente à prática do Karate-do:
"...entende-se um conjunto de práticas, normalmente reguladas por regras tácita ou abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar certos valores e normas de comportamento através da repetição, o que implica, automaticamente, uma continuidade em relação ao passado." (HOBSBAWM, 1984)
Algumas ressalvas:
-As tradições são inventadas, no caso do Karate, é impreciso situar o antigo e o recente, porque as práticas do tempo da antiga Okinawa não apresentam necessariamente as mesmas caracterÃsticas do que foi tomado como padrão para os japoneses do Butoku-kai, que não foi o mesmo formato de cada estilo e linhagem que se espalhou pelo planeta, que consequentemente não é o mesmo que se faz hoje em dia nos Dojo's brasileiros, etc.
-Vejo muito exagero por onde passo, de um lado uns pseudo-monges inventando ritos sacrossantos, de outro o desprezo pelo Reigi e a bagunça generalizada no recinto de treinamento, mistura de de MMA com Zumba e por ai vai.
-Outros que acham que ser tradicional é ser filiado a tal federação.
Na minha opinião preservar a tradição do Karate-do é simples:
-Respeitar o Reigi, sem exageros.
-Ensinar e cobrar a prática do Dojo Kun, não somente declamar, mas no comportamento;
-Praticar com seriedade Kihon, Kata e Kumite.
Osu!
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OSS!
Como muitos disseram não depende só da federação, embora é praticamente impossÃvel achar uma Dojo que treine Karatê "tradicional" na FPK. No que eu treinava, mesmo treinando técnicas com pretensa efetividade, kihon e kata, existem muitas coisas que feriam princÃpios básicos do Karatê, como: treinar golpes sem precisar cair em base, pé de apoio que gira para chegar mais longe no chute, tronco que gira o máximo possÃvel e etc. Não era um Dojo voltado para competições, talvez por isso ninguém treinava kumite. Os faixas pretas realmente não sabiam nada de luta. O que realmente era bom lá era o kata, isso realmente tenho que tirar o chapéu.
OSS!
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Pra mim, ser tradicional, é treinar nos moldes em que se treinava em Okinawa.
O problema disso é que quase ninguém consegue treinar assim.
A maioria acaba abandonando o Dojo ou procurando um karate mais esportivo.
Treinar nos moldes de okinawa.... hmm.. como assim?
Junbi Undo, hojo undo, KKK ( kata/bunkai, Kihon= Kumite), kote kitai e por ai vai.
Lá no Dojo, quando as pessoas vão visitar, a primeira coisa que perguntam é:
Que monte de apetrechos são esses?
Ai tenho que explicar todo o Hojo undo, e apos a primeira aula poucos voltam.
Sinceramente (minha opinião, respeito todas), aquele lance de ficar dando pulinho e gritinho pra ganhar ponto é o que a maioria das pessoas espera ao entrar em um dojo, e é (como disse minha opinião) o oposto dos princÃpios do Karate tradicional.
Minha esposa as vezes me fala "sua mão ta tao feia" ae respondo : Se quisesse treinar pra ficar bonitinho fazia Zumba xD.
Mas isso rende muito pano pra manga e muita historia.
Procurem sobre uma treta que teve entre Choki Motobu e Funakoshi, é um bom exemplo sobre essa discussão.
Obrigado
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OSS!
Como muitos disseram não depende só da federação, embora é praticamente impossÃvel achar uma Dojo que treine Karatê "tradicional" na FPK. No que eu treinava, mesmo treinando técnicas com pretensa efetividade, kihon e kata, existem muitas coisas que feriam princÃpios básicos do Karatê, como: treinar golpes sem precisar cair em base, pé de apoio que gira para chegar mais longe no chute, tronco que gira o máximo possÃvel e etc. Não era um Dojo voltado para competições, talvez por isso ninguém treinava kumite. Os faixas pretas realmente não sabiam nada de luta. O que realmente era bom lá era o kata, isso realmente tenho que tirar o chapéu.
OSS!
Faixas pretas que não sabiam nada de luta??!!!
Sinto muito então não eram faixas preta, pelo menos não de fato.
OSS.
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"é praticamente impossÃvel achar uma Dojo que treine Karatê "tradicional" na FPK."
Platão
Acho que estão filiados à FPK uma quantidade de associações muito grande, incluindo capital e interior, Shotokan e de outros estilos. Eu me recuso a acreditar que "NENHUM" valorize aspectos tradicionais do Karate.
Até mesmo porque vc mesmo afirma que treinavam com "pretensa efetividade kihon e kata", e não era voltado para competições, isto não é de se esperar de um Dojo tradicional? Embora eu ache gravÃssimo não praticar kumite. Ser bom de luta não é para todo mundo, mas não praticar é inadimissÃvel.
Agora Karate ruim não é difÃcil de achar mesmo, mas daà acho que tem mais a ver com quem o representa do que com federação.
Osu!
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Caros amigos,
As federações não ensinam Karate a ninguém, sejam elas quais forem. Elas apenas só chamam a si os interesses financeiros e não só...
As associações de estilo que possuem centros de prática (Dojos), são quem divulga e ensina o Karate. O utente é que deve inteirar-se de quem lhe pode prestar os bons ensinamentos da arte. Sabemos que há associações e /ou Dojos mais vocacionados para a competição, bem como outros que não querem saber dessa via.
A partir daÃ, o utente deve pesquisar e escolher o que pretende. A escolha é sua e, por isso, deve esquecer o outro lado da questão...Sobre tudo o que envolve o Karate, haveria muito que dizer, uma vez que no Brasil, as coisas ainda estão como há 45/50 anos atrás...
Tenho dito.
Abraços. Hai! Oss!
Lezon
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"haveria muito que dizer, uma vez que no Brasil, as coisas ainda estão como há 45/50 anos atrás..."
Saudações Sensei Lezon,
Peço permissão para discordar do seu comentário (a menos que esteja se referindo especificamente à polÃtica das organizações do Karate do Brasil).
No Brasil, temos muita gente competente, no Karate esportivo temos atletas rankeados pela WKF, inclusive um bi-campeão mundial, no MMA o Lyoto Machida foi o maior representante do Karate, em outras organizações os atletas brasileiros também não deixam a desejar, nem para grandes potências, nem para Portugual. Não vou citar aqui os tantos mestres que trouxeram o Karate diretamente do Japão e dos muitos anônimos que se dedicam em aprender e ensinar Karate, apartir de estudos acadêmicos e Gashuku com gente de renome.
OSU!
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Caro Cabadapest,
É isso mesmo, estava-me referindo à polÃtica e organização do Karate no Brasil, nada mais do que isso. Quanto ao resto, concordo 100% com o que disse.
É de lamentar que num paÃs imenso como é o Brasil, se houvesse uma boa organização, com certeza de que emergiam muitos mais valores no Karate, isto no que diz respeito à competição, como é óbvio.
Mas como isso não existe, por aà proliferam os tais "picaretas" como vocês lhe chamam, etc, etc..
Aqui tudo isso desapareceu porque ninguém pode dar aulas, seja lá do que for, se não estiver devidamente credenciado, e o seu valor técnico não for devidamente reconhecido. Saiba que no Karate, não adianta ser-se 3º.,5º. ou 7º.Dan, tem que tirar um curso de treinador onde existem quatro nÃveis, denominados por graus, o grau I, II, III e IV.
Será que quer saber mais sobre esta questão?
Lezon
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Sensei Lezon,
Como eu havia entendido. Infelizmente me resta concordar contigo sobre a desorganização, não somente do Karate, mas da polÃtica esportiva em geral.
No Brasil, temos o Conselho Federal de Educação FÃsica, mas não é atuante e mesmo nos estados onde é bem representado, tem dificuldades porque sofre pressão das entidades que se beneficiam em quantidade de membros pagadores de taxas quando incluem leigos para ensinar esportes. Digo isto porque no âmbito esportivo, é regulamentado que apenas profissionais podem atuar.
Sob o pretexto de ser "Arte", esportes de combate não está incluÃdo no rol. No entanto, eu discordo plenamente, se tem competições é ESPORTE. Agora se pratica Karate-do como prática cultural, assim como fazem no Aikido, ,isto sim é ARTE MARCIAL. O resto fica falando que é TRADICIONAL, mas quando se abre o site deles, está lá um calendário de competições, regulamentos de competições, vÃdeos de competições, propaganda de competições, etc. Sobre este negócio de "técnico" com competência reconhecida por federação, não concordo também. O papel dessas entidades é administrar o esporte, a formação do profissional é papel da Universidade. A menos que se tenha uma parceria.
Regulamentação sem mecanismos de fiscalização só serve para criar bandidos. Este é o problema brasileiro, onde qualquer um se auto-proclama MESTRE EM ARTES MARCIAIS e saem estragando a vida das pessoas.
OSU!
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CarÃssimo Cabadapest,
Eu falei na organização, ou melhor dizendo, desorganização como muito bem diz, de todo o desporto no geral. Eu falei intencionalmente, a fim de vos explicar a grande diferença existente na Europa em relação a isso.
Na Europa, há uma lei que é obrigatória para todos os paÃses que dela fazem parte. Então, para informação, qualquer modalidade desportiva, seja competitiva ou não, tem que ser ministrada por pessoas possuidoras de tÃtulos profissionais. Para obter estes tÃtulos, há cursos a fazer, cursos esses bastantes exigentes e com muitas horas a cumprir.
Como disse antes, qualquer modalidade desportiva tem de cumprir com o que está determinado por lei. Seja federação de andebol, de ténis, de hóquei, ginástica, atletismo, etc, etc, ninguém pode dar aulas sem ter o tal tÃtulo.
Como eu já disse antes, no karate existem quatro graus. Quem tiver o grau I, só pode dar aulas tendo um grau II a dar-lhe o apoio técnico. Só para que o meu amigo perceba bem a situação da dificuldade existente na obtenção do tÃtulo, para obter o Grau III que é o meu, foram somente 1.283 horas que tive de fazer no curso. O meu Grau permite-me ministrar aulas em toda a comunidade europeia.
Saiba também que ninguém pode abrir um Dojo se não tiver o tal tÃtulo. Para ter acesso aos cursos, têm que ter as habilitações literárias mÃnimas exigidas, ou seja o 12º.ano.
As graduações de Karate não contam para nada, só pde dar aulas quem estiver documentado como respectivo tÃtulo profissional. Saiba também que o tÃtulo tem uma validade, finda a qual tem de ser revalidado e, para isso, a pessoas tem de fazer formação contÃnua, para conseguir 10 créditos, caso contrário não pode obter a revalidação.
Portanto, os Karatecas que almejam mais tarde dar aulas, começam cedo a fazer os respectivos cursos para não virem a ter problemas.
Como vê caro amigo Cabadapest, aqui já não é fácil e por isso eu falei nos 45/50 de atraso.
Hai!
Lezon
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CarÃssimo Cabadapest,
Eu falei na organização, ou melhor dizendo, desorganização como muito bem diz, de todo o desporto no geral. Eu falei intencionalmente, a fim de vos explicar a grande diferença existente na Europa em relação a isso.
Na Europa, há uma lei que é obrigatória para todos os paÃses que dela fazem parte. Então, para informação, qualquer modalidade desportiva, seja competitiva ou não, tem que ser ministrada por pessoas possuidoras de tÃtulos profissionais. Para obter estes tÃtulos, há cursos a fazer, cursos esses bastantes exigentes e com muitas horas a cumprir.
Como disse antes, qualquer modalidade desportiva tem de cumprir com o que está determinado por lei. Seja federação de andebol, de ténis, de hóquei, ginástica, atletismo, etc, etc, ninguém pode dar aulas sem ter o tal tÃtulo.
Como eu já disse antes, no karate existem quatro graus. Quem tiver o grau I, só pode dar aulas tendo um grau II a dar-lhe o apoio técnico. Só para que o meu amigo perceba bem a situação da dificuldade existente na obtenção do tÃtulo, para obter o Grau III que é o meu, foram somente 1.283 horas que tive de fazer no curso. O meu Grau permite-me ministrar aulas em toda a comunidade europeia.
Saiba também que ninguém pode abrir um Dojo se não tiver o tal tÃtulo. Para ter acesso aos cursos, têm que ter as habilitações literárias mÃnimas exigidas, ou seja o 12º.ano.
As graduações de Karate não contam para nada, só pde dar aulas quem estiver documentado como respectivo tÃtulo profissional. Saiba também que o tÃtulo tem uma validade, finda a qual tem de ser revalidado e, para isso, a pessoas tem de fazer formação contÃnua, para conseguir 10 créditos, caso contrário não pode obter a revalidação.
Portanto, os Karatecas que almejam mais tarde dar aulas, começam cedo a fazer os respectivos cursos para não virem a ter problemas.
Como vê caro amigo Cabadapest, aqui já não é fácil e por isso eu falei nos 45/50 de atraso.
Hai!
Lezon
Muito interessante Sensei,
Se possÃvel, o senhor poderia compartilhar algum documento que explique isto? Também sou formador de professores de Educação FÃsica e técnico de Handebol, gostaria de debater estas leis com acadêmicos.
Osu!
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Osu,
Data venia, o legado estritamente marcial não se concentra apenas em educadores fÃsicos. Sorte alguém receber instruções de autodefesa, por exemplo, através de instrutor habilitado em educação fÃsica, porém detentor de conhecimento tradicionalmente originário da arte praticada. Entretanto, supondo que artes marciais somente pudessem ser transmitidas por educadores fÃsicos (observando apenas o âmbito marcial), necessitar-se-ia num Dojo ao menos um pedagogo (para melhor escolher a metodologia de ensino), um historiador (para explicar a história com maior propriedade), um administrador (para gerenciar a papelada da academia), um filósofo (para transmitir mais precisamente os ensinamentos intelectuais)...
... neste sentido, apenas para registrar, muitos instrutores de artes marciais, mesmo os antepassados, não possuÃam reconhecimento acadêmico sobre atividades fÃsicas. Apesar disto, mantiveram trajetória impecável sobre o método de transmissão de conhecimentos fÃsicos, intelectuais, históricos etc.
O próprio Superior Tribunal de Justiça do pais já decidiu contrariamente ao CONFEF acerca da necessidade de diplomação ao ensino de artes marciais, dança, Yoga etc.
Ainda neste quesito unicamente marcial, o processo de imigração no Brasil certamente contribuiu para a descentralização das artes marciais. Inclusive, já que possuÃmos um luso membro no fórum, a quantidade imigratória japonesa pós guerra no Brasil foi absurdamente maior do que, por exemplo, em Portugal, cuja dimensão, quiçá, facilitou a centralização normativa acerca das atividades fÃsicas das artes marciais. Entretanto, o CONFEF dispõe de regulamentação no âmbito esportivo desde de 98, enquanto a legislação portuguesa somente se pronunciou ano depois, levando mais nove até a saÃda do mencionado decreto (que trata, por exemplo, dos graus de instrutores). Nada contra, mas se há problemas graves sobre a instrução de artes marciais no Brasil, certamente independente de comando legal - é questão de interesse polÃtico mesmo. É certo que a banda esteja tocando a música com alguns acordes desafinados há 30/40 anos. Por sorte ou azar, o paÃs é eclético.
Sobre o Caratê Esporte, é vergonhoso haver educadores fÃsicos, pedagogos, médicos, fisioterapeutas, administradores enfurnados em confederações somente para, como se diz cá, "mamar". Inclusive, há inúmeros instrutores que sequer possuem o curso básico (e isto não significa menosprezo, pois se trata de mera constatação) posicionados como dirigentes de federações tão somente por questões polÃticas (pessoas geralmente reconhecidas e que possuem acesso aos órgãos do governo relacionados ao desporto). Poderia escrever o tópico inteiros sobre isso, mas é de conhecimento notório quais confederações deturpam a arte marcial para resguardarem seus agentes de arrecadação alienando pessoas sem o menor conhecimento.
Caso não seja conhecido pelos colegas do fórum, a lei brasileira dá margem à criação de entidades representativas de modalidades "a", "b", "c" etc. Tendo dinheiro, qualquer um que cumpra os requisitos mÃnimos para abertura de uma federação poderá criar o que bem entender e chamar algo alheio e desconhecido de "seu". Basta observarem o "Shobu Ryu" < http://federacaoshoburyu.xpg.uol.com.br/main.htm >, uma espécie de Neo-Karate-Bresileiro.
Compreendo a posição dos colegas, mas não há como generalizar.
Aliás, não é caso recente, mas muitos no fórum procuram legitimar seus conhecimentos por base em federações, quando, em verdade, federações não possuem prerrogativas para nada.
Abaixo, como se eu não já tivesse me estendido muito, segue o que compreendo. O texto se encontra na página da Butoku-Kan de Taketo Okuda Sensei.
Um diploma de karatê é um documento que atesta sua graduação, ou seja, sua faixa. Sua utilidade prática é Ãnfima, a menos que se tenha como objetivo participar de campeonatos ou abrir uma academia.
Normalmente, associa-se a credibilidade de um diploma de karatê ao fato dele estar ou não vinculado a alguma federação. Esta relação está completamente equivocada. Como na maioria dos ensinamentos orientais baseados na relação mestre-discÃpulo, também no karatê, o que garante a legitimidade de um mestre é a sua linhagem, ou seja, quem foi seu mestre, quem foi o mestre do seu mestre e assim por diante. Portanto, dentro do verdadeiro espÃrito do karatê, o que realmente importa num diploma é a assinatura de um mestre legÃtimo e não o carimbo de uma federação.
Aqui na Butoku-kan não estamos ligados a nenhuma federação. E por que deverÃamos? O Sensei é muito mais que um professor, ele representa a terceira geração de mestres de karatê, a contar de sua origem. Gichin Funakoshi foi o fundador do atual karatê-dô, ele formou Masatoshi Nakayama e conferiu a ele o direito e o dever de continuar passando este conhecimento. Nakayama, por sua vez, ensinou Taketo Okuda – o nosso Sensei – que depois de ensinar karatê em universidades japonesas, foi enviado ao Brasil para difundir esta arte. Por isso nosso diploma é respeitado e reconhecido no Japão e em muitos outros paÃses do mundo (e no Brasil, por aqueles que conhecem as raÃzes do karatê), apenas por conter a assinatura do Sensei.
Mas isso não é o mais importante; o verdadeiro significado do nosso diploma vai além de uma utilidade social. Ele é apenas um sÃmbolo material da ligação que existe entre nós e o Sensei. Este vÃnculo não está no papel, está em nossos corações.
Uma vez compreendido isto, percebemos a responsabilidade que devemos ter para com o Sensei. Se ele dedica sua vida e não poupa energia para crescer e nos ensinar, da mesma maneira, devemos nos empenhar com todo espÃrito para alcançar o grau que nos é exigido. Por isso, sempre que somos convidados para fazer exame, temos a obrigação de nos expor e mostrar até que ponto nós desenvolvemos. Ainda que não nos sintamos capazes, temos que nos superar, para corresponder ao que o Sensei espera de nós.
Essencialmente nosso diploma, como qualquer outro, não passa de um pedaço de papel. Mas, para quem treina com espÃrito e com o coração, este simples papel tem um valor incalculável.
Certamente, apenas para finalizar o raciocÃnio, é salutar discernir a capacidade entre um instrutor e outro. Se há dúvida sobre o que se está aprendendo, busque outro lugar para dirimir qualquer dúvida. Engana-se a si mesmo quem quer.
Osu.
P.s. Apresento logo abaixo alguns documentos que foram citados anteriormente, caso seja de importância para mais alguém.
1. http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/19085886/recurso-especial-resp-1012692-rs-2007-0294222-7/inteiro-teor-19085887
2. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9696.htm
3. http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=94&idMenu=53
4. http://www.idesporto.pt/ficheiros/file/PNFT/Decreto-Lei%20n%20%EF%BF%BD%20248-A-2008%20de%2031%20de%20Dezembro.pdf
5. http://www.idesporto.pt/ficheiros/file/PNFT/Despacho%20n%20%EF%BF%BD%205061-2010%20de%2022%20de%20Mar%EF%BF%BDo.pdf
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Karatê tradicional é o seguinte: 1º aplicar dojô-ku e niju-kun onde formos. 2º treinar em makiwara. 3º treinar o corpo para suportar pancadas. 4º flexições de punhos serrados. 5º Kata, kihon, bunkai, e kumitê. 6º defesa pessoal.