Opasto:"Lendo esse tópico me lembrei na hora do Egami. Quando ele era jovem era um animal. Era treino de kumite o dia inteiro, batia um sem número de vezes no makiwara, treinava com máxima força. Tem fotos dele dessa época e o japa era puro músculo. Porém muito tempo atrás ele chegou a conclusão que "o makiwara era mais nefasto que útil", abandonou o chamado "JKA" kime e passou a buscar o ki, chegando ao ponto, segundo ele, de conseguir executar um "golpe a distância". Será que a teoria do Ricardo Costa do ciclo, da qual também sou simpatizante, é verdadeira e daqui a alguns anos os mestres, que hoje defendem o makiwara, também terão estas mesmas ideias? Ou seja, esse é o Do natural do Karate. O mais importante, como já foi dito, e que todos eles se entregaram ao treino duro pra depois chegar ao suave, ou seja, não adianta querer pular as etapas. Por falar nisso, uma vez ouvi de um grande Sensei, se eu não entendi mal, que a dificuldade que muitos encontram no Aikido é que ele já se iniciava com as técnicas suaves."
Neto110"...O senhor Egami é, no mínimo, estranho. Golpe à distância? Só vendo. Em nossa cultura, acreditar nisto não é muito fácil. le fez este caminho, mas alguém aqui já treinou com ele? Alguém já viu alguém fazer um golpe à distância? Ou estamos falando de lendas? estamos falando que acreditamos em lendas? Exercício físico contra resistência, comprovadamente aumentam a eficiência do seu golpe. Se é seu objetivo conseguir isto, naõ poderá fugir disto. Fazer exercícios com a máxima força força seu organismo a adaptar-se ao esforço, naõ dá para discurtir isto. Não gostar de fazer forte naõ vai tornar um treino levinho um bom meio de conseguir condicionamento físico nunca, naõ importa quão forte seja sua fé."
Opasto"Neto, A discussão já tinha ido por esse caminho faz tempo (nesse tempo estava sem computador). Eu só resgatei. O objetivo do meu post era continuar a discussão, já iniciada, acrescentando que o Egami também tinha chegado mais ou menos a mesma conclusão dos citados mestres. E questionando se esse não era um caminho natural, pelo menos na cultura japonesa. Na verdade o Egami extrapolou isso alterando o próprio karate. Se ele acertou ou errou não sei. Não treino Shotokai, mas gostaria muito de conhecer. Tenho muita curiosidade sobre o estilo, justamente por ele se opor em muitos momentos ao que treinamos, e por ter vindo de alguém que treinou como treinamos. Espero que um dia o Senpai possa nos satisfazer essa curiosidade. Quanto ao "golpe a distância", concordo que seja duro de crer. Mas tendo ele conseguido aplicar o golpe ou não, não deixa de ser uma busca pelo ki. Vale lembrar que ele chegou a esse ponto após passar por complicadas cirurgias, não conseguir treinar a fundo pelo seu péssimo estado de saúde, passar por um enfarto seguido de ressuscitação. Ou seja ele estava num cenário bastante particular. Talvez por isso tenha "exagerado na dose". Mas se quiser iniciar um novo tópico e trasportar para lá fique a vontade."
Quando ele era jovem era um animal. Era treino de kumite o dia inteiro, batia um sem número de vezes no makiwara, treinava com máxima força. Tem fotos dele dessa época e o japa era puro músculo.
Porém muito tempo atrás ele chegou a conclusão que "o makiwara era mais nefasto que útil", abandonou o chamado "JKA" kime e passou a buscar o ki, chegando ao ponto, segundo ele, de conseguir executar um "golpe a distância".
Será que a teoria do Ricardo Costa do ciclo, da qual também sou simpatizante, é verdadeira e daqui a alguns anos os mestres, que hoje defendem o makiwara, também terão estas mesmas ideias? Ou seja, esse é o Do natural do Karate. O mais importante, como já foi dito, e que todos eles se entregaram ao treino duro pra depois chegar ao suave, ou seja, não adianta querer pular as etapas. Por falar nisso, uma vez ouvi de um grande Sensei, se eu não entendi mal, que a dificuldade que muitos encontram no Aikido é que ele já se iniciava com as técnicas suaves."
O estudo e treino do Karate Shotokai fundado pelo Mestre Egami, aluno directo de Mestre Gingin Funakoshi, é talvez um dos estilos mais dificeis e penosos quanto ao seu treino e prática física. No aspecto mental dificilmente outro sistema ou estilo de Karate o poderá superar.
"...O senhor Egami é, no mínimo, estranho. Golpe à distância? Só vendo. Em nossa cultura, acreditar nisto não é muito fácil. le fez este caminho, mas alguém aqui já treinou com ele? Alguém já viu alguém fazer um golpe à distância? Ou estamos falando de lendas? estamos falando que acreditamos em lendas?
Quanto ao "golpe a distância", concordo que seja duro de crer. Mas tendo ele conseguido aplicar o golpe ou não, não deixa de ser uma busca pelo ki.
Competicao em si existe em tudo nesta vida. Um combate REAL o que é senao uma competicao?Como avaliar o progresso tecnico do Karate senao numa contenda entre dois???O problema sao as pessoas,nao a competicao em si.
Em sociologia diz-se que os seres humanos são naturalmente sociáveis, e existem dois tipos de processos sociais: associativos e dissociativos. Nos dissociativos encontramos a Competição e o Conflito:"Competição é a forma de interação que implica luta por objetivos escassos: essa interação é regulada por normas, pode ser direta ou indireta, pessoal ou impessoal, e tende a excluir o uso da força e da violência" (Dicionário de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1987. p. 218)"Quando a competição assume características de elevada tensão social, sobrevém o conflito."Comparando a competição e o conflito, podemos destacar as seguintes características:1. a competição pode tomar a forma de luta pela existência, como a que se estabelece entre indivíduos para obtenção de alimento ou emprego;2. o conflito pode tomar a forma de rivalidade, disputa, revolta, revolução, litígio e guerra;3. a competição pode se transformar em conflito;4. a competição pode ser consciente ou inconsciente; o conflito é sempre consciente, ou seja, os adversários sabem que estão em conflito;5. a competição é impessoal; o conflito é pessoal e, portanto, emocional;6. o conflito pode implicar violência ou ameaça de violência; já a competição não envolve violência;7. enquanto a competição é contínua, o conflito não pode durar permanentemente com o mesmo nível de tensão;8. no conflito, o primeiro impulso dos oponentes é tentar agredir e destruir o adversário.Oliveira, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo, Editora Ática.
Sei que no inicio da JKA, alunos muito chegados a Funakoshi como Obata Sensei, Kamata entre outros faziam parte do grupo, mas resolveram deixar a JKA por motivcos POLITICOS que nao nos interessa aqui. Se eloes achavam a ideia muito comercial é problema deles, por isso mesmo pagaram o preco, ficaram para trás tecnicamente falando.