Tópico: A morte do Karate...

[katsumoto]

 Caro(a) Pia,

 Sou o creador do topico em questao e gostaria de dizer a vc o seguinte.
Nao gostou..mude de canal.
 A minha opiniao aqui expressa o que tenho visto aqui no Brasil de uma forma GERAL. E claro que existem excessoes,mas sao tao poucas que na media nem entra no calculo.
 O Karate do Brasil esta sim, de coma a muitos anos....se vc discorda disso, paciencia. Como diaria um Sensei fortissimo de Sampa.
 Entao...MOSTRA-ME.

[Pedro]

Olá!
Como está Amigo Katsumoto?
Essa do: então mostra-me, era para saudosos outros tempos,hoje não dá mais.
Caro Piá,discordo de Vc. quando fez aquelas contas de socos,pois treinamos durante anos,não só fazendo em média500 socos por dia,como batendo Makiwara e saco de areia com pés e mãos, em uma quantidade que chegava tbm. a média acima.E,hoje ainda batemos Makiwara e fazemos um numero de socos muito grande e ninguém está precisando receber comida na boca.
Quanto as articulações,realmente estão um pouco prejudicadas,mas ainda dá prá
treinar saco e Makiwara.Quero lembrar que hoje estou batendo no máximo 100 makiwaras por dia pois tive um pequeno problema cardíaco e estou me cuidando.
Mas que o Karate Arte Marcial está morrendo por causa da Politica e de competições,
isso está.
Mas,vamos continuar treinando entre os Amigos que ainda acreditam em um bom Karate,e o resyo,que vão se $%&!!
Oss!
Pedro

[samurai]

O Karate antigo pode estar morrendo, mais onde vi um Karate de inclusão social muito interessante.
Fui resolver uns problemas no forum da Penha e como cheguei cedo entrei em um Dojo de Kyokushin para assistir a aula, e lá vi um faixa amarela portador de sindrome de down treinando serio e todo o esforço do professor em ensina-lo, mais por ter um mundo diferente do nosso algumas vezes ele viajava em seus pensamentos.

Fiquei admirado como ele, mais acho que deveria ter uma forma mais especial de treino, do mesmo jeito do karate em cadeira de rodas.


OSS

[Lezon]

Caro samurai,

Ainda bem que toca num assunto que me é absolutamente incentivante.

Neste momento saiba que estou preparando um projeto para apresentar num colégio de alunos especiais, entre eles estando também os portadores de sindroma de down.
Acho que a nossa arte pode e deve ser de todos, e ela pela sua especificidade tem muito a dar nesse sentido, pelo que há que estudar e projetar formas e conceitos para ajudar aqueles que sendo tão importantes como nós, são apenas diferentes.

Aproveito também para lhe dizer que assisti em 1999 no Japão a uma maravilhosa demonstração de Karate dada por um europeu,no caso Russo, que se move em cadeira de rodas e que com a ajuda de dois Karatecas que o puseram em pé, retirando a cadeira de rodas, e ele sendo atacado deu uma verdadeira lição de como se pode fazer Karate somente com os seus braços e seus punhos. Foi uma demonstração que me ficou gravada para sempre! Aliás, tenho até ele caricaturado em banda desenhada e em foto de revista.

Aproveito esta oportunidade para lançar aqui o repto de se apresentar um tópico sobre o Karate para pessoas especiais, casos de sindroma de down, paraplégicos, cegos e outros. Vamos a isso?

Saudações.Hai!!!!
Lezon
 

 
 
 

[Lezon]

Caríssimo Pedro!

Também eu bati makiwara durante anos com a doideira minha de as encostar todas à parede, o que originava muitas vezes ser interrompido pelo vizinho do prédio ao lado que pensava que o mesmo se ia desmoronar... hehehehe!!!

Mas hoje meu caro, se o tempo voltasse para trás, eu já não faria o mesmo pois há
outros métodos para atingir os mesmo fins. No meu caso, estou padecendo de ambas as articulações dos braços com os ombros, e não me venham dizer que bati mal na makiwara.

Sabe, nós os do Karate de há mais de 30 anos, tinhamos outra mentalidade que a grande maioria dos jovens hoje não tem, e posso-lhe garantir que se nós fossemos a dar a eles o tipo de treino que nós tivemos, os ginásios e/ou academias ficavam rapidamente sem alunos...duvida disso? Eu não.

Com isto também não quero dizer que eles não tenham a sua razão, tal como nós podemos não ter a nossa. A evolução dos métodos de treino está a acontecer constantemente, pelo que se pudéssemos transportar no tempo tais métodos, certamente que não fariamos metade das "asneiras" que nós fizemos mas conscientes de que estavamos a fazer o melhor.

A evolução é precisa e necessária mesmo, ela trouxe muitas coisas boas para o Karate, mas, infelizmente, com ela se está também desvirtualizando a verdadeira essência do Karate, isso é um facto! E é isto que eu condeno na via esportiva do Karate, se bem que deva "ressalvar" que nas regras do Karate competitivo, inicia apelando ao cumprimento da sua essência. Só que a ânsia da taça e da medalha faz com que tudo se desmonore!

Saudações. Hai!!!
José Lezon