Autor Tópico: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...  (Lida 9209 vezes)

Offline DoghQuch

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #15 Online: Novembro 11, 2008, 14:14:33 »
Oss Tanaka,

É Kenjutsu e não foi perda de tempo não. Desenvolve a estratégia e o espírito de combate de um jeito que eu nem imaginava. Estaria treinando até hoje se o Instituto Niten não tivesse tantos problemas.

Com oq aprendi, foi o suficiente para começar a estudar kobudo por conta (pq aqui em Campinas não tem quem ensine).

Capoeira só é divertido, não acrescenta nada para o karate mesmo. De qualquer maneira todo brasileiro deveria conhecer, aprender a gingar, tocar pandeiro e berimbal.
Tem o lance do jogo e da dissimulação, mas não vi aplicação no karate. As técnicas japonesas são muito sinceras.

O Judo estou achando interessantíssimo, mas para ser aplicável na prático (na realidade do karate talvez seja melhor) precisa de adaptação sensível.

E o Tai Chi é simplesmente fantástico, o pouco que aprendi teve aplicação direta e impacto severo no meu karate. Gostaria de me aprofundar mais nesse campo.
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Offline retsudo tanaka

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #16 Online: Novembro 11, 2008, 14:38:18 »
erro meu. Eu entendi Ninjitsu e não kenjutsu.

Offline retsudo tanaka

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #17 Online: Novembro 12, 2008, 12:04:40 »
Continuando (parte 3)

O jiu-jítsu , fez um grande nome nas artes marciais e no MMA. Diga-se com todos os méritos. Mas como somos aqui, karatecas, qual seria a melhor opção de “segunda arte†para complementar. Vou deixar minha opinião.

Judô: O foco dos treinos do judô está absolutamente voltado para competições de judô. Lutas de 5 minutos buscando Ippon. Como o importante é o ippon, não importa muito que acontece depois. Por vezes vemos um belo golpe, com ippon, que, na queda, o lutador vitorioso cai  com o adversário grudado em suas costas. Belo ippon, mas se a luta continuasse, ele estaria em apuros.
O aspecto positivo no judô são as projeções.

Depois da projeção não se busca a luta e a projeção podem deixar o lutador vulnerável na seqüência.

jiu-jítsu: muito bom depois que está no chão. Agora, até chegar lá é onde mora a dificuldade desta arte. Zero de projeção. Vejam um torneio de jiu-jitsu. Eles começam a luta praticamente se jogando no chão.  Ao não saber nada ou muito pouco de projeção eles têm duas opções. Catada de pernas, para tentar cair por cima. Como é mais difícil uma catada de pernas a maioria dos lutadores buscam a guarda clássica do jiu-jítsu. Ou seja, levar para o chão, estando por baixo. Hoje em dia isso é um problema. Já que o adversário que está em cima pode socar. 

Wrestling: sabem chão e sabem projeção. Em lutas contra lutadores de jiu-jítsu tem levado alguma vantagem pois projetam e caem por cima, sem ficarem expostos como lutadores de judô. Um lutador de Jiu-jitsu é bem perigoso por baixo. Tem triangulo e etc. Mas um werstling aprende a se defender destas entradas, caem por cima e socam os lutadores de jiu-jítsu.     

Offline retsudo tanaka

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #18 Online: Novembro 12, 2008, 12:09:47 »
 Quando se encurta a distância da luta e ela está indo para o chão é importante que se projete o adversário caindo fora da sua guarda (se ele for do jiu-jítsu) caindo por cima.

Offline DoghQuch

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #19 Online: Novembro 12, 2008, 12:33:44 »
Oss Tanaka,

Sou obrigado a dizer que o problema do Judo e do Jiu, está no foco do professor. Vamos dizer assim, é o mesmo problema do karate.

Veja, meu Sensei de Judo é muito consciente sobre essas coisas, temos MUITA aula de chão e ele sempre perde bastante tempo explicando os macetes e a estratégia da luta de chão. Os mais graduados todos se preocupam em fazer as projeções terminando o movimento em situação de vantagem e existe muita atenção para contragolpe. Não posso dizer que todos os alunos se focam em serem judocas completos e serem igualmente bons de pé e no chão.

No Jiu, penso o mesmo, já conheci lutadores que se preocupavam bastante com a parte em pé da luta devido a uma atenção que seus professores davam a isso.

Quanto a esses estilos no MMA, já vi algumas reportagens e o que os próprios lutadores dizem é que o Jiu teve uma grande vantagem pois era diferente de tudo que os outros conheciam, portanto ninguém sabia se defender. No momento em que a maioria entendeu isso e aprendeu, os especialistas em Jiu começaram a passar por maus bocados.

Bem, o Wrestling (que estou entendendo é a luta greco-romana) é uma opção muito interessante pois não usa kimono (ou qualquer outra roupa que de suporte para os movimentos) (Judocas geralmente ficam inutilizados sem uma manga e uma gola para segurar firme e a maioria das técnicas de jiu também "não funcionam"). Estou generalizando, claro, eu treino com amigos para tentar aplicar as técnicas do Judo sem kimono e é possível sim sem grandes alterações, não que seja menos difícil, mas é viavel.
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Offline retsudo tanaka

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #20 Online: Novembro 12, 2008, 14:05:37 »
Não deixem de ler. Belo artigo sobre estar aberto a novas experiências em artes marciais . Retirado da GracieMag.

Respeito, uma lição necessária
Num treino diferente para jogadores do New York Giants, a percepção de como não se deve subestimar nunca as outras artes marciais
Por Martin Rooney, MHS, PT, CSCS, NASM
Nestas últimas ferias, fui chamado pelos New York Giants, time de futebol americano, para ensinar “artes marciais†ao jogador de frente deles, que pesa uns 135kg. Já que o combate com as mãos é um aspecto da posição, eu sabia que poderia fazer um ótimo programa, e alistei dois artistas marciais que poderiam ajudar bastante: Alan Teo e Carl Masaro, alunos de Renzo Gracie. Foi uma fantástica experiência preparar-nos para as sessões com os Giants e construir o programa. Trabalhamos duro para tornar as técnicas fáceis e aplicáveis a cada posição no campo. No entanto, em nosso primeiro dia com os atletas, parecia que estes duvidavam que as artes marciais pudessem ajudá-los. Muitos até faziam piadas e dançavam, imitando gritos à Bruce Lee. Isso era um claro desrespeito, baseado na falta de conhecimento acerca das habilidades que lhes seriam ensinadas, e como elas poderiam ajudá-los a ser mais competentes no campo. Uma vez que eles entenderam isso, cederam, e o programa foi um verdadeiro sucesso. Os caras não apenas ficaram proficientes em várias habilidades, como ganharam um real respeito pelo que fizemos. Quando os jogadores opuseram resistência, eu fiquei aborrecido; mas logo percebi que, não muito tempo atrás, eu tinha uma mentalidade parecida.





Quando comecei meu treinamento em artes marciais, tive a grande sorte de aprender Jiu-Jitsu com Renzo Gracie. Não porque eu acho que o Jiu-Jitsu brasileiro é superior às outras artes, mas porque ele me oferece uma avenida para experimentar muitas outras modalidades. O que quero dizer é que, quando fui exposto ao Jiu-Jitsu na primeira academia do Renzo, conheci muitas pessoas que tinham formação de judô, muay thai, sambo, greco-romana, caratê e boxe. Afora isso, havia lutadores experientes no manejo de bastão, além de gente com formação militar. A academia do Renzo era um verdadeiro caldeirão, e as pessoas tinham a oportunidade de mostrar seu valor. Como eu era novo nas artes marciais, não era contra nenhuma das outras artes a que era exposto. À medida que me aprofundei no Jiu-Jitsu, entretanto, posso dizer que comecei a cometer um erro em que vejo muitos incorrerem hoje em dia. Esse erro é a falta de respeito.

Engraçado, mas o emblema que havia numa das minhas camisetas de Jiu-Jitsu favoritas era “O respeito é a leiâ€! O problema era que, à proporção que eu me envolvia com uma única arte, passava a exigir respeito a ela, mas deixava de respeitar as demais. A culpa pela perda de respeito foi exclusivamente minha. Não era nada que os meus professores me ensinavam; era quase como se, quanto mais conhecimento de Jiu-Jitsu eu tivesse, menos eu precisasse das outras artes. Eu tinha raiva do meu oponente, e queria destruí-lo. Eu não me interessava em ver o que os outros estavam fazendo. Então veio o meu relacionamento com Ricardo Almeida, o Cachorrão.
   
Ricardo e eu começamos a treinar juntos em 2001, e considero o tempo que gastei com ele no decorrer destes anos como a plataforma de lançamento que levou o meu conhecimento de artes marciais ao ponto em que está hoje. Quando começamos a treinar, estávamos preparando-o para lutar no Ultimate. Não havia muita atenção a estratégia, nem tínhamos muito respeito pela formação do oponente. Ao longo dos quatro anos seguintes, no entanto, nós dois passamos por uma transformação imensa. Não apenas passamos a respeitar cada adversário, mas também um ao outro e a nossos parceiros de treino. No processo, todo o grupo passou por um crescimento mais rápido e teve mais sucesso. No fim da carreira de Cachorrão (após uma série de sete vitórias em que ele ficou invicto no Japão e ganhou títulos no Pancrase e Bushido), ele tinha realmente se tornado um artista marcial. Foi o respeito por outros e por si que ajudou a criar a série de vitórias e o tornou o professor de sucesso que ele hoje é. Apesar de nós termos elevado nosso jogo a um outro patamar, eu recentemente aprendi uma lição sobre como ainda preciso aprimorar meu respeito pelos outros.



Tendo treinado alguns judocas olímpicos, sempre me interessei na arte de Jigoro Kano. Mesmo que meu Jiu-Jitsu seja razoável, eu sabia que tinha ainda menos conhecimento de luta em pé e ficava tentado em experimentar o judô por conta própria. Quando o atleta olímpico Teimoc Johnston-Ono me convidou para ir treinar no lendário Clube Atlético de Nova York, não pude deixar a chance escapar. Minha primeira visita ao dojô foi esclarecedora. Além de todos os lutadores lá serem faixas-pretas, percebi que não conhecia as tradições que eles seguiam. Os sapatos ficavam na porta, inclinava-se o corpo a cada saudação e randori, e o grupo seguia uma hierarquia específica. Aquela turma era muito organizada e bem estruturada. Isso era algo a que eu não estava habituado, e sentia-me estranho a cada vez que me esquecia de curvar-me. O instrutor chefe, sensei Matsumora, deu-me, na minha quarta visita, uma aula de respeito que nunca vou esquecer.

Em cada dia anterior a esse, Teimoc estava lá e me levava ao sensei para que eu o cumprimentasse antes do início da aula. Eu não sabia que isso era, mais do que cordial, esperado de mim. Treinar lá é um privilégio, não um direito. Nesse dia, entrei e comecei a aquecer-me, posto que perdera a sessão de aquecimento devido a um engarrafamento. Imediatamente o sensei veio a mim e repreendeu-me gentilmente. Ele então parou a aula e fez que todos se sentassem em linha. Aí ele dissertou acerca do respeito. A princípio – já que eu sabia que isso se referia ao meu erro –, fiquei furioso. Eu dizia a mim mesmo, “Quem esse cara pensa que é para pegar no meu pé deste jeito? Cheguei até aqui, não é mesmo? Nunca mais vou voltar para esta porcaria!â€. Mas, à medida que o mestre prosseguia, comecei a ver que ele estava certo. Além de em nenhum momento identificar-me como o culpado, ele transmitiu uma lição muito poderosa.

Ao cabo, fiquei satisfeito por estar melhor – em vez de irritado. Acho que todo atleta precisa desse alerta para despertar. Nos EUA e outros lugares do mundo que conheci, o respeito por nossos colegas, oponentes, treinadores e árbitros é muitas vezes inexistente. No entanto, sem eles não teríamos ninguém com quem treinar ou competir. Eles são a razão de termos um desempenho de alto nível.

Em matéria de respeito, uma discussão clássica é, qual é melhor: judô ou Jiu-Jitsu? Tendo treinado e competido em ambos, vejo que um preenche as “lacunas†do outro. No judô, há mais ênfase no trabalho de pé, mas também há chão. No Jiu-Jitsu, há grande ênfase no chão, mas também há luta em pé. Isso ocorre em função das regras de cada esporte, e nada tem a ver com a eficiência de cada um. Creio que, para ser bom em qualquer uma dessas artes, você precisa de conhecimento das duas, e tenho visto muitos judocas faixas-pretas que também são grandes lutadores de Jiu-Jitsu e wrestling, e vice-versa. Acho que esse treinamento cruzado deve passar por muitas artes marciais, e que tudo começa com respeito. Afinal, foi esse treinamento que tornou possíveis tanto este artigo como o vale-tudo.

Acho que o vale-tudo está caminhando nesse sentido, mas ainda há trabalho a ser feito. Você não é um artista marcial só porque pratica algumas disciplinas e consegue socar alguém no rosto; você é um artista marcial quando pega os princípios que aprendeu e os aplica ao resto da sua vida de maneira positiva. Conforme Radomir Kovacevic, ouro nas Olimpíadas de 1980, me ensinou certa noite sobre respeito no Clube Atlético de Nova York, não é quão duro você treina, nem quantos campeonatos você vence; o que conta é o que você faz com a sua arte marcial nos outros aspectos da vida. É por isso que, de todos os judocas que conheceu em sua vida – algumas centenas de campeões nacionais e mundiais –, ele considera Vladimir Putin o maior judoca moderno. Radomir disse que isso ocorre porque Putin foi capaz de pegar as lições de disciplina e respeito, aplicá-las à sua vida e eventualmente virar presidente da Rússia. Eis um exemplo de como utilizar a aprendizagem de forma positiva.

Se as características de respeito e disciplina não tivessem sido desenvolvidas, isso jamais seria possível. Não estou dizendo que você tem que largar tudo e virar presidente, mas o artista marcial que mostra disciplina do dojô e então sai e maltrata sua mulher, seus filhos ou colegas é uma fraude. O objetivo da vida é descobrir os seus dons, mas o sentido dela é doá-los. Para quê desenvolver qualquer dessas características se você não as usará construtivamente?

Quando parentes ou atletas que querem entrar nas artes marciais me perguntam o que devem fazer ou com que arte marcial devem envolver-se, eu não penso mais na modalidade. Primeiramente informo-me sobre os instrutores na área e o que têm a oferecer a estrutura e os ensinamentos daquela arte. Há incontáveis coisas universais que deviam derivar de qualquer arte marcial – como respeito mútuo, disciplina, aprimoramento físico, autoconfiança e persistência. Acredito agora que não é quão eficiente ou letal você pode se tornar; o que importa é o que você está tirando do seu treinamento e pondo em outro lugar.

Freqüentemente, uma falta de flexibilidade mental pode estorvar o crescimento tanto quanto a falta de flexibilidade física. Se pensa que não tem nada a aprender com outras artes marciais ou com pessoas fora do seu pequeno círculo, você está provavelmente impedindo o próprio avanço. Não estou dizendo para começar a praticar outras artes e investir todo o seu tempo nelas, mas realmente acho que investigar o que há do outro lado da cerca, e compreender os princípios detrás de muitas das outras modalidades, podem torná-lo um estudante mais sábio.
Quando pergunto aos meus atletas o que eles pensam sobre respeito, eles sempre falam do tratamento que dão aos outros. Todavia, antes de poder tratar melhor a quem quer que seja, você tem que se respeitar. Quando estiver fazendo o melhor por si, você poderá alçar todo mundo a um nível mais alto. Somente quando está num ambiente saudável você tem potencial de crescimento. A boa notícia é que a escolha de ser positivo é sua. Agora, ao trabalho!

Offline Kihoken

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #21 Online: Novembro 12, 2008, 16:56:41 »
Excelente artigo. Toda uma aula de sabedoria.
Kohai Gabriel Bertazzoli.

Offline Vinteedois

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #22 Online: Novembro 12, 2008, 17:04:22 »
Excelente artigo. Toda uma aula de sabedoria.

BRilhante mesmo!!

Só tenho a agradecer ao Retsudo Tanaka pela excelente contribuição para esse tópico! muito boa a participação mesmo. Engrandecedora! Obrigado!

Oss!!
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Offline retsudo tanaka

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #23 Online: Novembro 12, 2008, 21:25:01 »
Dg,
concordo com você. É o foco. Mas nos treinos habituais do judô, a grande parte dos dojos está focando técnicas para campeonatos. E, assim por diante nas demais artes marciais.

Offline Avi

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #24 Online: Novembro 24, 2008, 12:48:24 »
Primeiro uma pergunta: Até um tempo atras mma era uma regra de competição onde lutadores de varias modalidades se encontravam. Deixou de ser uma regra e virou modalidade? Existem academias de mma?

Minha opinião sobre o que treinar pra quem quer competir em mma: Em relação a striking, sem duvida boxe. Não vi ainda um verdadeiro boxeador no mma, alguem com experiencia e algum titulo importante, na minha opinião é a luta mais pratica e objetiva, são menos de 10 golpes, nem isso, jab, direto, cruzado e gancho com os 2 braços. Pra que chutar? Fica na frente de um karateca jka de ponta e tenta levantar o pezinho pra dar um mawashi, vai levar um deai na cara na hora.

Grapling: ou jiu ou wrestling sendo que até onde eu sei  no brasil não tem wrestling sério, nos estrados unidos alem de ser obrigatorio na escola, os americanos são mais corpulentos de uma forma geral, o que é importante no wrestling. Desculpem os amantes do judo mas acho ineficiete. Gosto de assistir mas do jeito que é ensinado hoje acho que não resolve.

Meus devaneios tão aí.

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Offline Vinteedois

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #25 Online: Novembro 24, 2008, 12:54:26 »
MMA é uma salada, por mais que o cara seja bom de mma, ele nunca vai ser um especialista em determinadas áreas, pois ele treina pra saber um pouco de cada coisa...
É igual aquelas pessoas, qeu vão pedir emprego, e na hora que você pergunta o qeu o cara sabe fazer, ele diz que sabe fazer de tudo um pouco. Saber de tudo um pouco é aquilo, é bom, ajuda algumas vezes, mas tem horas que o importante mesmo, é saber bem de uma única coisa.
Portanto, acho qeu os treinos só de MMA, nunca vão superar os treinos específicos de uma arte marcial genuína naquilo que elas têm de melhor.
Se é qeu você me entende...
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Offline DoghQuch

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #26 Online: Novembro 24, 2008, 16:00:36 »
Oss!

Sem chance 22, os caras bons no MMA também são bons nas artes que os levaram até lá. Principalmente na veia principal que o cara treinava.

Não posso dizer que eles sejam os melhores do mundo em um estilo puro, mas pode ter certeza que eles mandam bem.

Quanto ao boxe ser "o melhor", tenho minhas dúvidas. O estilo certamente é limitado pelas regras do esporte, digo, vc não treina alguns golpes que são interessantes num combate fora das regras do boxe.
Se existe alguma outra coisa que ofereça a mesma objetividade, não sei, mas que um bom karateca enfrenta de igual p/ igual um bom boxer, acho que enfrenta sim.
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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #27 Online: Novembro 24, 2008, 16:17:52 »
Pois é [momento copy+paste] DoghQuch  [ufa!! que nome ein?!]

Eu tava me referindo ao caso de mma substituir a arte mãe. Acho qeu isso jamais acontecerá. (tendo em vista que existem academias voltadas somente ao MMA).
Por isso que eu falei...
É claro qeu eu reconheço que muitos dos lutadores de MMA são, na minha opinião, Mestres de algumas artes marciais (como o Lyoto e muitos desses camaradas aí do BJJ).
falei noutro sentido... de qeu as academias de  MMA vão acabar com as de karate por exemplo. não. não acredito. embora karate já não seja rentável há muito tempo. Eu mesmo só pratico karate por que gosto. E ensino o pouco que sei, porque gosto mais ainda. enfim...
agora eu fui mais claro né? (eu tenho esse problema sério de comunicação, eu sei.. tenho que melhorar isso...)
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Offline Avi

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #28 Online: Novembro 24, 2008, 21:30:44 »
Só pra deixar claro, eu quis dizer que para entrar num torneio de MMA, o mais objetivo e eficiente na minha opinião é o boxe, até mesmo porque não vale nukite no olho por exemplo, não disse que como luta é em GERAL mais eficiente, em geral o que for treinado com seriedade vai surtir efeito.

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Offline Henjevoel

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Re: Bons karatecas não ligam pra dinheiro...
« Resposta #29 Online: Novembro 24, 2008, 22:13:40 »
Eu já pratiquei Judo por alguns poucos anos e apesar de gostar mto, acabo achando um pouco "vazio" devido ao foco excessivo nos campeonatos. Não conheci nenhum dojo de Judo que focasse os treinos como uma filosofia de vida, assim como é o Karate em muitos lugares. E concordo com o Tanaka de que é um tremendo complemento ao Karate, principalmente porque fui um adepto do judo e me sinto suspeito para falar, mas também acredito que o Jiu ou o wrestling são otimos complementos de chão. E a questão é, uma vez treinando o próprio judo, é possível inserir no programa de treinamento defesas e esquivas para as reais lutas de chão, como alguém mesmo já mencionou. Parece que caimos naquela velha questão de qual é o seu objetivo, campeonato ou defesa pessoal.