Autor Tópico: Preparo do professor  (Lida 15455 vezes)

Offline Shaolin do Norte

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Re:Preparo do professor
« Resposta #30 Online: Julho 21, 2010, 18:49:53 »
Oss


Kakato-Otoshi-Geri! Esse eu conheço também.


Kaiten-Ura-Mawashi-Geri? Seria o representado acima? Esse eu conhecia como apenas Ura Mawashi...
« ltima modificao: Julho 21, 2010, 18:52:24 por Shaolin do Norte »
      Gustavo

Offline Farkatt

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Re:Preparo do professor
« Resposta #31 Online: Julho 21, 2010, 20:22:15 »
Ura mawashi é o que está representado no desenho, você parte de frente para o adversário, sem girar em torno do eixo...

Kaiten Ura Mawashi como o Higino citou, é comumente chamado de Ushiro Ura Mawashi e é executado com uma "giratória"

melhor ver do que ler:

ura mawashi:



"ushiro" ura mawashi (na falta de um vídeo melhor)



Offline Shaolin do Norte

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Re:Preparo do professor
« Resposta #32 Online: Julho 21, 2010, 20:46:48 »
Oss,

Isso mesmo! Ura Mawashi para mim é o mostrado no vídeo pelo Kagawa Sensei (E é um belo golpe diga-se de passagem, se pega arreia o adversário!) já Kaiten eu não conhecia esse nome, apesar de ter entendido a explicação do Higino Sensei.


tenho algumas perguntas ao colegas do site sobre esse golpe, mas como o tópico é  "Preparo do professor" abrirei um novo para discutirmos o assunto... Vejo vocês lá!


Oss
      Gustavo

A. HIGINO

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Re:Preparo do professor
« Resposta #33 Online: Julho 22, 2010, 00:54:57 »
OSS...

O 1º chute do vídeo chama-se: Mae-ashi (ou Kizami) Ura-Mawashi-Geri.
O 2º e 3º chutes do vídeo chamam-se: Ura-Mawashi-geri.

OBS:
O Ura-Mawashi-Geri visto no 2º e 3º vídeo, diferem muito do que eu pratico!
Por quê?
Existem os chutes diretos e os indiretos.
DIRETOS: Mae-geri, Mawashi-Geri, Yoko-Geri, etc.
INDIRETOS: Mikazuki-Geri, Ura-Mawashi-Geri, Kakoto-Otoshi-Geri, etc.

DIRETOS são aqueles chutes que retornam pelo mesmo caminho que foram.
INDIRETOS são aqueles chutes que voltam por um caminho diferente do que foram.

O Ura-Mawashi-Geri visto no 2º vídeo volta pelo mesmo caminho que foi, logo não há uma contração e descontração abrupta da musculatura comum a toda técnica de Karatê para gerar o Kimê. O que ocorre é apenas um enrijecimento prolongado da perna inteira para parar o golpe e depois puxá-lo.
Isso ocorre de forma ante-anatômica pois a articulação da perna está voltada para trás do joelho e a puxada natural e mais forte seria repuxá-la igual ao Mawashi-Geri.
"No entanto esse controle se faz necessário nas competições de Shiai para evitar um contato mais forte".

Quanto ao 3º vídeo a perna retorna totalmente estendida, isso no Karatê-Dô também está errado. Tem que haver um ponto de colisão para haver a contração de puxada e a descontração da musculatura gerando assim o Kimê.

OSS...
« ltima modificao: Julho 22, 2010, 00:58:30 por A. HIGINO »

Offline DElia

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Re:Preparo do professor
« Resposta #34 Online: Julho 22, 2010, 01:23:07 »
OSS...
 Tem que haver um ponto de colisão para haver a contração de puxada e a descontração da musculatura gerando assim o Kimê.
OSS...

Prezado Higino
Na sua análise fica parecendo que o Kimê é gerado somente quando há Hikiashi ou Hikitê, o que não é correto.
O Kimê é o "pico" (instante máximo) da transferência de energia para um golpe  (quando a maior quantidade de grupos musculares é arregimentada para executar determinado movimento) independente do que ocorra imediatamente após. Além do que, não tem que haver, necessariamente, um "ponto de colisão" para ocorrer a contração.
Oss
« ltima modificao: Julho 22, 2010, 01:27:28 por DElia »
Ricardo

A. HIGINO

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Re:Preparo do professor
« Resposta #35 Online: Julho 22, 2010, 12:03:17 »
OSS, DElia Sensei...

Saudações!
....................
Gostaria de enfatizar que o termo ponto de "colisão" a que me refiro é o objetivo traçado, seja no vazio ou no alvo real.
Permita-me discordar do Senhor quando diz: "Não tem que haver, necessariamente, um "ponto de colisão" para ocorrer a contração".
O 1º princípio da técnica do Karatê-Dô é "Contrair no instante final do golpe" (ponto de colisão desejado), ou seja o golpe em movimento está descontraído, logo se o golpe por algum motivo colide antes do objetivo traçado não haverá a contração desejado, pois a mente humana depois de analisar o objetivo e enviar a ordem para golpear a contração total só ocorrerá naquele ponto de colisão pré-programado, daí se o golpe colidir antes do desejado ele será abafado por essa antecipação, gerando assim uma técnica pouco potente, longe do Kimê.

Outra coisa...
Não sou eu quem afirma que o "Hike" produz energia, é a Física (Energia Elástica).
O “Hike” que normalmente conhecemos é quando o punho volta totalmente ao ponto de origem, não é disto que estou falando.
O “Hiki” que gera energia é o de retorno à descontração. O simples ato de findar abruptamente o retesamento da articulação do cotovelo produz essa energia.
O “Hike” gerará energia independentemente de retornar totalmente ao ponto de origem ou não. O que importa é a quebra dessa velocidade para aumentar o impulso sobre o corpo e consecutivamente transferir o máximo de energia para esse corpo.

Logo ao meu entender o KIMÊ só é gerado se houver essa contração e descontração acima descrita.

OSS...

Offline DElia

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Re:Preparo do professor
« Resposta #36 Online: Julho 22, 2010, 13:40:17 »
OSS, DElia Sensei...
Saudações!
....................
Gostaria de enfatizar que o termo ponto de "colisão" a que me refiro é o objetivo traçado, seja no vazio ou no alvo real.
Permita-me discordar do Senhor quando diz: "Não tem que haver, necessariamente, um "ponto de colisão" para ocorrer a contração".
O 1º princípio da técnica do Karatê-Dô é "Contrair no instante final do golpe" (ponto de colisão desejado), ou seja o golpe em movimento está descontraído, logo se o golpe por algum motivo colide antes do objetivo traçado não haverá a contração desejado, pois a mente humana depois de analisar o objetivo e enviar a ordem para golpear a contração total só ocorrerá naquele ponto de colisão pré-programado, daí se o golpe colidir antes do desejado ele será abafado por essa antecipação, gerando assim uma técnica pouco potente, longe do Kimê.
Outra coisa...
Não sou eu quem afirma que o "Hike" produz energia, é a Física (Energia Elástica).
O “Hike” que normalmente conhecemos é quando o punho volta totalmente ao ponto de origem, não é disto que estou falando.
O “Hiki” que gera energia é o de retorno à descontração. O simples ato de findar abruptamente o retesamento da articulação do cotovelo produz essa energia.
O “Hike” gerará energia independentemente de retornar totalmente ao ponto de origem ou não. O que importa é a quebra dessa velocidade para aumentar o impulso sobre o corpo e consecutivamente transferir o máximo de energia para esse corpo.
Logo ao meu entender o KIMÊ só é gerado se houver essa contração e descontração acima descrita.
OSS...


Prezado Higino,
eu apenas leio o que vc escreve e segundo o Houaiss, "colisão" é:
n substantivo feminino
ato ou efeito de colidir
1   embate entre dois ou mais corpos; choque
Ex.: uma c. entre dois automóveis e um ônibus
6   Rubrica: física.
m.q. 1choque

Por outro lado, a interpretação que dou é baseada em definições, com terminologia própria, de biomecânica e de fisiologia.
Além disso, afirmações como  O “Hiki” que gera energia é o de retorno à descontração.  O simples ato de findar abruptamente o retesamento da articulação do cotovelo produz essa energia. não encontram referência científica já que são equivocadas, como: o que gera energia é a contração muscular e a articulação do cotovelo não produz energia, ela promove a sinergia.
Higino, por vezes entendo sua tentativa de explicar suas teses, mas acredito caber uma revisão, através de literatura específica, para um melhor entendimento dos movimentos corporais.
Oss
PS ao golpear o makiwara em que momento os músculos se relaxam, antes do contato ou imediatamente após o contato?
Ricardo

A. HIGINO

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Re:Preparo do professor
« Resposta #37 Online: Julho 22, 2010, 17:51:27 »
OSS, Delia Sensei...

De antemão peço desculpas pela minha falta de clareza!
Tentarei ser mais sucinto e objetivo.
Espero que compreenda que a Física não é a minha área, sou apenas um mero curioso do tema.
......................

A Energia Elástica é liberada após o fim da tensão (contração), a liberação abrupta dessa tensão (descontração) produz o impulso (energia).
Agora surge a grande pergunta:
Como ocorre a liberação dessa tensão para que o soco produza a energia elástica?
Quando nós descontraímos um braço retesado, a primeira área que relaxa são as articulações, a do punho, cotovelo e do ombro.
Ocorrendo um imperceptível recuo (dobra) dessas articulações, principalmente a do cotovelo. Esse recuo (dobra) foi o que eu chamei de “HIKE”.
Realmente o Senhor está certo quando afirma que a articulação do cotovelo não gera energia, eu diria que tudo faz parte da mecânica que a produz a Energia Elástica.

...............................


Creio que os músculos relaxam após o contato com o Makiwara.

OSS...

Offline DElia

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Re:Preparo do professor
« Resposta #38 Online: Julho 24, 2010, 12:50:05 »
OSS, Delia Sensei...
De antemão peço desculpas pela minha falta de clareza!
Tentarei ser mais sucinto e objetivo.
Espero que compreenda que a Física não é a minha área, sou apenas um mero curioso do tema.
......................
A Energia Elástica é liberada após o fim da tensão (contração), a liberação abrupta dessa tensão (descontração) produz o impulso (energia).
Agora surge a grande pergunta:
Como ocorre a liberação dessa tensão para que o soco produza a energia elástica?
Quando nós descontraímos um braço retesado, a primeira área que relaxa são as articulações, a do punho, cotovelo e do ombro.
Ocorrendo um imperceptível recuo (dobra) dessas articulações, principalmente a do cotovelo. Esse recuo (dobra) foi o que eu chamei de “HIKE”.
Realmente o Senhor está certo quando afirma que a articulação do cotovelo não gera energia, eu diria que tudo faz parte da mecânica que a produz a Energia Elástica.
...............................
Creio que os músculos relaxam após o contato com o Makiwara.
OSS...

Prezado Higino,
antes de qualquer coisa nota-se que vc é um indivíduo educado e disciplinado, interessado e dedicado ao Karatê, daí minha atenção ao que vc escreve.
Bem ... a musculatura, sim, relaxa, e alivia a pressão sobre as articulações (e não as articulações que relaxam)
Existem dois tipos de movimentos, os lançados e os conduzidos, para exemplificar minha afirmação faço uma comparação entre gestos específicos do Atletismo e do Karatê;
o arremesso de peso, o arremesso do martelo, o lançamento do dardo são movimentos lançados, observe então o que ocorre, na preparação do arremesso ou do lançamento o corpo está em movimento (acelerando o giro, o deslocamento ou a corrida) para "jogar" o apetrecho o mais longe possível, e no momento em que o apetrecho sai da mão ocorre, por uma mínima fração de tempo, a contração máxima de uma maior quantidade de músculos arregimentados e envolvidos, dá-se o Kimê ...
os socos e as defesas tem predominância de movimento conduzido e os chutes que iniciam com giro tem predominância de movimento lançado, e para potencializar o impacto no momento em que há o contato previsto ocorre, por uma mínima fração de tempo, a contração máxima de uma maior quantidade de músculos arregimentados e envolvidos, dá-se o Kimê ...
A resposta que vc deu ao golpe contra o Makiwara foi exata, portanto, baseado na sua resposta e com minhas ponderações, posso afirmar que o músculo só se relaxa depois de executado o movimento proposto na sua plenitude. e nunca antes!
Oss
« ltima modificao: Julho 24, 2010, 13:00:20 por DElia »
Ricardo

A. HIGINO

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Re:Preparo do professor
« Resposta #39 Online: Julho 24, 2010, 22:07:39 »
OSS, DElia Sensei...

Realmente lendo com atenção o que escrevi, noto que cometi um erro elementar, pois como bem o Senhor escreveu para a articulação relaxar os músculos precisam antes descontrair-se.
Obrigado!
....................................


DElia Sensei, demais Sensei’s e Camaradas Karatê-Dôkas...

Muitas vezes eu citei que a "Quebra da Velocidade gera o impulso" e que isso é primordial para gerar o Kimê, devido a esse termo há sempre questionamentos!
Estaria errada essa tese?
Que para gerar a energia do impulso tem que haver essa quebra da velocidade constante mudando a direção, seja: para trás, para cima, para baixo, ou para ou lados.
Para melhor compreensão vou citar alguns exemplos de quebra da velocidade que geram energia de impulso:
1- O estalo do chicote (para trás).
2- A funda (para o lado)
3- A corrida que transforma-se em salto (para cima).
4- O Estilingue (para trás).
5- E por último: A mudança brusca da direção do braço no arremesso de uma pedra (para o lado ou para baixo).

Vou comentar sobre esse último: "Arremessar a pedra"!
Creio que esse seja o melhor exemplo de Hike-tê associado à quebra da velocidade, impulso e o Kimê.

Tentem jogar uma pedra com o braço inicialmente estendido e após o arremesso da pedra mantenha-o assim!
Como todos já sabem, o resultado do arremesso será pífio.

Como é então que arremessamos uma pedra?
1- Puxa-se o braço “encolhido” para trás.
2- Usa-se a “cintura” em sincronia com o movimento de braço.
3- Ao mesmo tempo em que estendemos o braço “contraímos” o corpo por um instante de segundo.
4- A mão só será aberta para liberarmos a pedra, após sentirmos um impacto nas articulações do braço.
5- Aí ao mesmo tempo em que abrimos a mão para liberar a pedra, mudamos bruscamente a direção do braço encolhendo-o para próximo ao corpo.

Esse exemplo não representa fielmente a técnica do Karatê-dô?!

Os nossos socos e chutes tem que imitar a ação da "Mola" (retração, expansão e novamente retração) para gerar a Energia Elástica.

   
OSS...
« ltima modificao: Julho 24, 2010, 23:39:17 por A. HIGINO »

Offline DElia

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Re:Preparo do professor
« Resposta #40 Online: Julho 26, 2010, 01:18:40 »
Prezado Higino.

Com a pretensão de entender sua frase: "Quebra da velocidade gera o impulso"!.
Decompondo a frase:
"quebra" = interrupção;
velocidade = relação entre espaço percorrido e tempo de percurso, no movimento uniforme;
impulso = integral definida no tempo de uma força, no qual o intervalo de integração corresponde ao tempo durante o qual a força age.
Avaliando a frase:
no meu entendimento, não cabe acepção, é contraditória e antagônica na sua aplicação, pois o impulso somente existe enquanto a força age, então se houver interrupção da relação entre o espaço percorrido e o tempo de percurso ... inexiste movimento!

Numa análise simplificada do soco, podemos dizer que tem seu início no instante que os pés pressionam o solo, gerando energia através de contrações musculares compatíveis com a ação proposta e transferindo esta energia por meio da sinergia entre os segmentos corporais, promovendo por conseqüência a aceleração dos movimentos, até que o braço seja acionado para a execução do soco, que poderá gerar uma intensa pressão sobre o alvo se houver uma contração de alta intensidade de todos os segmentos envolvidos no movimento. E aí sim, imediatamente, após o contato poderá haver o relaxamento muscular.

Para ilustrar meus comentários, cito alguns exemplos:
O mae-geri-kekomi tem igual ou maior impacto que o mae-geri; o yoko-geri-kekomi tem igual ou maior impacto que yoko-geri- keage.
O uraken tem menor impacto que o tzuki.
alguns anos, foram feitas aferições de socos, de boxeadores e karatecas, em dinamômetro e o maior impacto era provocado pelos socos dos boxeadores, que apenas recolhem rapidamente o braço para voltar a posição de guarda e nunca para aumentar a potência do golpe.
O lançamento de um objeto com uma funda, quando ela está girando em um eixo, é muito semelhante ao Arremesso do Disco, no Atletismo, quando o braço está sempre em extensão com o corpo girando sobre seu eixo, e para que possam obter maior alcance na projeção do objeto e do apetrecho, não pode haver alteração na dinâmica do movimento.
Na corrida para o salto em distância, quanto maior for a velocidade e quanto maior for a pressão no solo da última pisada, maior será a distância alcançada. O atleta continua, inclusive, “correndo” no ar, ou seja, não interrompe a fluidez dos movimentos.
Na corrida para o salto em altura, no Atletismo, ou para um salto na rede, no Voleibol, o movimento deve ser contínuo, mesmo com mudança de direção.
Usando um estilingue para atirar um objeto, se ocorrer exatamente ao fim da projeção deste objeto a ruptura da borracha, nada alterará o resultado final.
Atirar uma pedra e socar!
Para a pedra sair da mão ela tem que se abrir, para ela se abrir os músculos da mão tem que se relaxar.
No caminho do soco a mão vai fechada com leve contração muscular, no momento do impacto ela se contrai com alta intensidade.
Não visualizo semelhança nos movimentos!
Oss
« ltima modificao: Julho 26, 2010, 01:23:23 por DElia »
Ricardo

Dan

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Re:Preparo do professor
« Resposta #41 Online: Julho 26, 2010, 08:07:01 »
Muitas coisas estão a rever, mas acho que Ricardo já deu a idéia de algumas coisas pela compreensão de alguns.... et c'est tout à son honneur !


Bom dia Ricardo,

Acho que há um problema entre a elasticidade de movimento e a dinâmica que é a quantidade física associada com a velocidade ea massa de um objeto em "impacto" ou em "percussion". A energia, gera valores que são preservados nas interações entre diferentes componentes do sistema. Esta lei, em primeiro lugar empírico, tem sido explicada pelo teorema de Noether e está relacionado com a simetria das equações da física em tradução no espaço. Quantidade e impulso são frequentemente confundidos devido à sua coincidência na maioria dos casos.

Na anatomia, a flexibilidade é a amplitude de movimento de uma articulação anatômica, que pode ser melhorado através de alongamento. Em fisiologia, a representação permitido o músculo do modelo mecânico e fisiológico de Hill, tem três (3) componentes. A contração muscular é representada por um componente contrátil (pontes de actina - miosina), uma série de componentes elásticos (pontes de actina - miosina + tendão) "duras", não deixe facilmente distendida e uma componente paralela elástica (Chaveiros muscular conjuntivo), "Compliant", permitindo-se mais facilmente distendidos. Os estudos fisiológicos demonstram que quando um músculo é esticado já está ativado, a força que se desenvolve é superior em armazenamento de energia elástica. Trabalho em encurtamento é mais importante, o rendimento aumentou. Durante a contração, o músculo se desenvolve quando uma força maior para um gasto de energia equivalente e permite um funcionamento mais econômico do sistema músculo-tendinosa. Este é o caso de um músculo bi-articular, necessariamente, elaborada durante a execução de um movimento. Este tipo de músculo permite um funcionamento mais econômico sistema musculotendinos. Este é o princípio de "restituição de armazenamento" de energia elástica descrito por Cavagna em 1968.

Nós definimos a biomecânica como a aplicação de ferramentas, métodos e formalismos da mecânica e automação no estudo do movimento humano. O homem em movimento é detectado e modelados como um sistema articulado mecânica auto-monitorização e concluído (em oposição a um sistema causal). Uma de suas características, em comparação a um sistema industrial, é o elevado nível de redundância cinemática, mecânica e de comando e circuitos de controle. Estes despedimentos permitem um número infinito de soluções possíveis para cada gesto e postura e, portanto, uma escolha de uma determinada solução, satisfatória ou "ótimo" de acordo com um critério de compromisso.

Em Karatê, o Mae-Geri (Técnica Keri-Waza) técnico de membros inferiores gerando potência, força, velocidade e estabilidade. O Mae-Geri é um movimento que é executado com a perna a um determinado ponto um chute na extensão do joelho com os dedos apontados em "Koshi" de trás para a frente, em frente de você. E uma técnica de defesa e contra-ataque. O Mae-Geri é direcionamento sobre uma linha reta de chute ou face, e não em si um grande desafio em termos de realização do gesto. Mas a técnica é definida em termos de sua finalidade e não é só aprender a fazer um movimento que aprendemos a fazer a arte que é suposto traduzir. A vantagem da técnica, sejà "Kekomi" ou "Keage" está na coordenação do movimento entre os quadris, o hara, ou "caixa abdominal", o impulso, a informações sobre o alvo (seu tamanho, velocidade, etc), a gestão de distância, ou seja, o cálculo de coincidência o ponto de encontro entre o alvo eo pé quando os dois parceiros são movimento, caso a pressão de gestão (táticas de pressão - tempo de resposta) e affectiva (aceitação da oposição) são todos os objetivos que podem ser integrados directamente no processo de aquisição de técnicas e não apenas como um objetivo de desenvolvimento, como exigido pelo método tradicional. O Mae-Geri "Kekomi" deixe varias grupos motores em sistema isolado é aquele que não está sujeito a nenhuma força externa e cuja energia é, portanto, constante. Isso não muda o sistema em biomecânica, se executado corretamente. O impulso mecânico depende, invariavelmente, a flexibilidade articular normal e coordenação motora. Assim como para Mae-Geri "Kekomi" gera um controle de motor, reflexo, criação e destruição de automação, controle e eficácia das acções. O efeito "chicote" em "Keage" gera um impulso mas é também saber para implementar e usar uma sinergia muscular global e bem coordenado para alcançar uma qualidade de pulso também é parte do que poderia ser descrito como a "gramática" do motor em si. Além da construção muscular é o requisito básico para manter o alinhamento dos membros na "percussion" (impacto) à que contribuem para um excelente trabalho e postura do revestimento que envolve os músculos profundos da pelve e do grupo vertebral.

Em APS (Activité Physique et Sportive), a dinâmica do movimento é usado pelos movimento de translação ou movimento linear = caminhada, corrida que está se acelerando, a fim de ganhar energia cinética (Ec). O movimento de rotação ou movimento angular. O eixo de rotação é perpendicular ao plano em que o movimento ocorre. É tanto interno ou externas. Lembro-me de novo a Lei de Newton para cada força atuando sobre um corpo, há uma segunda força igual em intensidade, mesma direção mas sentido oposto agindo sobre o corpo.

Cada ação F, há uma reação R.

Mais acção é importante, maior reação será. No entanto, a reação deve ser encaminhado para o centro de gravidade CG, o corpo deve estar em alinhamento e de bainha (sem liberação de uma parte do corpo). É muito importante definir que existe varias tipo de energia:

- A energia potencial é a energia que um corpo tem em virtude de sua posição em relação ao solo ou contra um ponto de apoio.
- A energia cinética é a energia que tem um corpo em movimento.
- A energia elástica ou e tratamento é a energia armazenada em um corpo deformado anteriormente, o que tende a voltar à sua forma original ou utilizados em Ginástica ou em GRS (trampolim, bar). A energia cinética armazenada depende de dois fatores combinados: a velocidade eo ângulo varrido. Durante um salto vertical, os braços, por um movimento rápido para cima e para baixo, acumulam Ec. Esta será transmitida ao corpo através de bloqueio de armas. Esta ação irá aumentar a pressão de suas pernas.

[Observou que quando se fala também da energia elástica do sistema muscular. Um músculo em tensão (esticamento) armazena energia para uma contração de retorno maior. O componente elástico do músculo e do reflexo de estiramento estão em jogo = reflexo de estiramento. Exemplo... em todos os movimentos armados de-batido, a tensão dos músculos do anterior, quando armado permite a aceleração do movimento. Em Mae-Geri "Keage", a tensão dos músculos da região anterior do corpo e da coluna vertebral em extensão permite uma rápida e significativa massa mecânica, a explosão.]

- A transferência de energia é a energia armazenada em uma parte do corpo que podem ser transmitidas a terceiros ou a todo o corpo, se for tônico e se há um bloqueio da articulação. Exemplo de passagem da posição supina para a posição sentada, abrindo bloqueado.

- O impulso (I) pode ser comparada a uma força. Não é a força em si, atenção !

-------------------------------------------------------------------------

O Uraken-Uchi (Técnica Tsuki-Waza) é uma técnica atingindo a parte de trás do punho. Como outras técnicas de punhos podem ser associadas com o deslocamento múltiplo. Existe em duas formas:

- Movimento vertical de cima para baixo; bater o adversário na cabeça, girando o punho como um martelo para trás e para frente e para cima e para baixo. O punho vem para cima.
- Movimento horizontal a partir de dentro para fora; bater o adversário lateralmente impulsionando o punho para o exterior como uma massa. O punho vem polegar para cima. Bater com os falanges "Kento". Observe que o punho está engatilhada para trás agora antes de atingir, o outro punho fazendo "Hikite" (para trás o punho). O cotovelo desempenha um papel fundamental em ambas as técnicas, ainda há um pouco de inflexão interna, excepto em hiperextensão do efeito cinético impulso na luta, mas não na técnica pura.

-------------------------------------------------------------------------

A vários anos nós executamos mais a mais a Pliometria no sentido de prevenção e execução biomecânica de alto rendimento. A pliometria pode multiplicar a capacidade de produzir um movimento mais poderoso em um período muito curto. E uma forma de exercício que busca a máxima utilização dos músculos em movimentos rápidos e de explosão. Seu conceito baseia-se na exploração do músculo em sequências de contrações excêntricas e concêntricas buscando a otimização do mesmo. As ações dos músculos em práticas de esforços rápidos semelha-se ao comportamento de uma mola, contraindo-se e liberando sua força acumulada. Os exercícios pliometricos buscam a consciência do praticante da melhor forma de utilização desta impulsão de força, permitindo aprimorar as técnicas de atividades como salto e corrida, já que apóia-se no trabalho de velocidade e explosividade, muito utilizado em diversos esportes, tendo como exemplo o basquete e o vôlei. A biomecânica da pliometria não é complexa. Resume-se na criação de uma reação oposta a ação prévia, dando-lhe uma maior velocidade, na busca do aproveitamento da energia produzida. Subir e descer rapidamente uma escada já trata-se de um exercício pliométrico, pois trabalha a contração e o alongamento do músculo de forma sequenciada, buscando a força máxima em um menor período de tempo. Também não é necessário o uso de pesos para a execução desta atividade, podendo-se usufruir do peso do próprio corpo como sobrecarga. O plano de contração em pliometria resolve-se em dois princípio: Ciclo de "estiramento - encurtando" o músculo se contrai em um primeiro momento excentricamente em seguida, encurta e trabalhar de forma concêntrica.
É por isso que quando falamos de "relaxamento" entre um movimento e seu impacto, é simplismente uma reação oposta a ação prévia ou chamado de contração stato dinâmico !...


E com respeito e muita simpatia mútua, deixe para você Ricardo esta palavra citado :

Um bom soldado não é violento. Um bom lutador não é furioso. Um bom vencedor não é vingativo...


Osssu...
« ltima modificao: Julho 26, 2010, 10:23:04 por Dan »

A. HIGINO

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Re:Preparo do professor
« Resposta #42 Online: Julho 26, 2010, 16:34:46 »
OSS...

Um esclarecendo sobre a frase por mim citada: "A quebra da Velocidade gera Impulso."
Isto é um fato!
Não é invenção minha!
A Física explica isso!
EXEMPLO: Ponha uma caixa de fósforos no meio da “mão aberta”. Em seguida gire o braço velozmente com a mão aberta. Enquanto você mantiver a velocidade constante do braço a caixa de fósforos continuará na mão. Interrompa essa velocidade segurando o braço com a outra mão e você vera que a quebra da velocidade gerará impulso na caixa de fósforos arremessando-a longe.
.......................

A meu ver e baseado na Física todo golpe explosivo (kiage) é mais potente que os de empuxe (kekomi).
.............................

A contração tanto ocorre fechando a mão quando abrindo-a:
Exemplo de contração da mão fechada: Tzuki.
Exemplo de contração da mão aberta: Shuto.
Logo, quando arremessamos uma pedra a mão ao abrir se contrai momentaneamente descontraindo em ato contínuo.
Esse é o mesmo princípio do Tzuki.

.................................

Citação do Dan:
"Estiramento e encurtamento": O músculo se contrai em um primeiro momento excentricamente em seguida encurta-se trabalhando de forma concêntrica. É por isso que quando falamos de "relaxamento" entre um movimento e seu “impacto”, é simplesmente uma reação oposta a ação prévia ou chamado de contração “statu dinâmico”!

Entendo que esta é uma boa definição para: "Energia Elástica".


OSS...

Offline ToraNoMaki

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Re:Preparo do professor
« Resposta #43 Online: Julho 26, 2010, 16:52:15 »
Oss.

Muito interesante este tópico. Alto nível de discussão com muita educação e respeito.

Parabéns!

Oss.

A. HIGINO

  • Visitante
Re:Preparo do professor
« Resposta #44 Online: Julho 26, 2010, 18:02:01 »
OSS...

Sem deixar de lado o tema sobre a energia elástica, gostaria de tecer um breve comentário sobre o abordado no inicio deste tópico, referente à como deve ser a atitude do professor frente às inúmeras situações para com os alunos.
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Como professor de Karatê-Dô, eu sigo esta filosofia:
“Jamais permita que conheçam a extensão do seu conhecimento, para que na dúvida evoquem a você uma qualidade maior que a que possui.”

Particularmente creio que deve haver uma distância “Solene” entre o Professor e os alunos, pois como dizia Confúzio:
“O Soberano precisa estar elevado para se fazer ser conhecido por seus súditos, igualmente os súditos só reconhecerão o soberano enquanto este mantiver-se elevado”.

Do mesmo jeito o professor deve manter-se acima dos seus alunos, se ele desce este nível, qualquer um poderá confundi-lo com um aluno.

Particularmente, nos intervalos da aula, eu escolho um ou outro aluno (branca a preta) para fazerem comigo um Jyiu-Kumite. No entanto eu só faço luta (Jyiu-Kumite) com os alunos, em horário de aula normativa, se realmente eu estiver em condições para tal.
Daí a importância do professor estar sempre treinando.

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Creio também ser equivocado a afirmativa que o professor um dia será derrotado por um aluno.
O professor jamais será derrotado por um aluno.
O que naturalmente poderá ocorrer é um aluno superar as habilidade do seu Sensei.
Quando isto acontecer, esse será um dia difícil para o Professor, mas ele deve entender que os seus conhecimentos repassados se perpetuarão através de alguém com verdadeira capacidade.
Obs:
Espero que esse dia nunca chegue!
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Outra coisa...
O aluno não deve recear lutar com o professor quando convocado.
Nem por medo, tampouco por respeito!
Quando convocado pelo professor, ele deve lutar com hombridade.


OSS...
« ltima modificao: Julho 26, 2010, 22:26:42 por A. HIGINO »