Tópico: Jyu kata

[Eros José Sanches]

Osu amigos!

Interessante o tópico.

Cabadapest, acho natural a prática de combinação de golpes fazendo parte de um Kihon mais elaborado em treinos de Karate-dô. Acho também que os Kata são importantíssimos para treino das técnicas, do próprio acervo motor do praticante, enfim, trata-se da essência do Karate-dô. Sua frase "nossa única ponte com os mestres do passado" prova o seu entendimento sobre essa importância.

A criação de movimentos sincronizados à guisa de Kata me parece, quase um "pleonasmo", por assim dizer, pois só no Shôtôkan são 26 Kata o que já desafia a coordenação motora de qualquer um.
As formas apresentadas por Enoeda-sensei ou Shirai-sensei são, como o Sensei Roberto já escreveu, extratos didáticos de Kata bem conhecidos, porém, acredito que o fizeram mais para "valorizar" o evento em questão.

Minha percepção acerca dessas formas livres, realizados em campeonatos ou "artes cênicas", é a simples combinação de atletas com um excelente rendimento físico, em elasticidade e domínio de chutes e saltos, desejosos de mostrar uma superabundância dessa plasticidade que, em Kata dos estilos não aparecem com a frequência que desejam para exibir sua performance. Assim, criam novas formas supervalorizando saltos e chutes.


De qualquer forma, para treinamento acho que os Kata, dentro do próprio estilo, bastam. Porém, trata-se da minha visão conservadora das tradições do Karate-dô, no entanto, sabemos que O'Sensei Gichin Funakoshi foi treinado sob a filosofia do Hito Kata San Nen, sob a orientação de Shihan Azato.

Forte abraço.
Osu.

[Pedro]

Olá!
Não costumo ler postagens longas que para mim são maçantes e
não me acrescentam nada.
Mas sua postagem caro Eros me levou a leitura e me autoriza
pensar que Vc. deve ser um bom Karateca.
Muito bom o texto, muito parecido com o que deve ser o Karate:
equilibrado e com essência.
Oss
Pedro

[Eros José Sanches]

Osu, Pedro-sensei!

[Cabadapest]

Osu amigos!

Interessante o tópico.

Cabadapest, acho natural a prática de combinação de golpes fazendo parte de um Kihon mais elaborado em treinos de Karate-dô. Acho também que os Kata são importantíssimos para treino das técnicas, do próprio acervo motor do praticante, enfim, trata-se da essência do Karate-dô. Sua frase "nossa única ponte com os mestres do passado" prova o seu entendimento sobre essa importância.

A criação de movimentos sincronizados à guisa de Kata me parece, quase um "pleonasmo", por assim dizer, pois só no Shôtôkan são 26 Kata o que já desafia a coordenação motora de qualquer um.
As formas apresentadas por Enoeda-sensei ou Shirai-sensei são, como o Sensei Roberto já escreveu, extratos didáticos de Kata bem conhecidos, porém, acredito que o fizeram mais para "valorizar" o evento em questão.

Minha percepção acerca dessas formas livres, realizados em campeonatos ou "artes cênicas", é a simples combinação de atletas com um excelente rendimento físico, em elasticidade e domínio de chutes e saltos, desejosos de mostrar uma superabundância dessa plasticidade que, em Kata dos estilos não aparecem com a frequência que desejam para exibir sua performance. Assim, criam novas formas supervalorizando saltos e chutes.


De qualquer forma, para treinamento acho que os Kata, dentro do próprio estilo, bastam. Porém, trata-se da minha visão conservadora das tradições do Karate-dô, no entanto, sabemos que O'Sensei Gichin Funakoshi foi treinado sob a filosofia do Hito Kata San Nen, sob a orientação de Shihan Azato.

Forte abraço.
Osu.

Muito bem explicado.

Oss!

[Dorival]

Isso aí não é kata, são micagens. Kata bom mesmo é o Heian Shodan

[katsumoto]

O que estraga essas apresentacoes do extrema martal arts sao os gritinhos ridiculos destes praticantes, alias, gritinhos nao.......e o Gumex no cabelo.Pelo amor de deus!!!

[Marquinhos]

Será que é um pecado tão grave assim?

Li o tópico até o momento e apesar de inicialmente achar que esse assunto nem deveria estar num fórum de Karate, vou responder à sua pergunta: É um pecado tão grave sim! Por vários motivos...

Mas antes, peço que não confundam, como disse o Katsumoto, demonstrações com partes de kata (de verdade) feitas por alguns dos maiores karateka de todos os tempos com "free kata", que é um paradoxo.

Kata é padrão. É forma e padronização, portanto não pode, de forma alguma, ser "free". Por isso eu digo que o conceito é estupidamente paradoxal.

Um kata é o resultado de anos de prática, às vezes de inúmeras pessoas, que tiveram que enfrentar desafios específicos em situações específicas, mas não excludentes, e que sobreviveram. Os princípios aprendidos ou desenvolvidos nesses confrontos culminaram em sistemas, alguns relativamente completos, que foram compilados nos kata que aprendemos hoje.

Eu nem vou me aprofundar no mérito das manobras táticas. Manobras táticas em grupo para soldados, como sugeriu Funakoshi. No caso de manobras como essas, não há lugar para liberdade ou improvisos. Se você tem uma tarefa a cumprir num esquema tático, não pode simplesmente sair improvisando, pois há outras pessoas dependendo de você para cumprirem as suas tarefas individuais.

Imaginem se os legionários romanos rompessem a formação de cunha para dar uma de Jackie Chan... o Império Romano não tinha durado uma semana!

Mesmo individualmente, abordando atos de violência, o kata é o primeiro passo. Se não houver padronização e condicionamento, na hora do "vamo ver" o cara congela e não sai do lugar antes que seja tarde demais. Respostas condicionadas, mesmo as preemptivas, dependem de padronizações! Kata!

Se for "free" não é kata! Se não tiver kata (de verdade) não há Karate! Simples assim!

Em vez de ser karateka o sujeito vira um ginasta de solo medíocre... uma Nadia Comăneci tosca e de pijamas! Que imagem ridícula!

OSS!