Citartécnica lendária (sankaku-tobi).Sempre fiquei curioso a respeito do que seria esta lenda. Você conhece algo disto?
técnica lendária (sankaku-tobi).
Sankaku tobi é algo como salto em triângulo ou salto triangular.
Fico me perguntando. O que tem o Karate de LENDA?
“A base para a difusão do "misticismo" e "transcendência" no mundo marcial reside na falta de pesquisa, pois é muito mais fácil inventar uma "resposta" do que dizer "não sei, mas vou pesquisar". Pesquisar, estudar implica "trabalho" e todo o ser humano tende a usar a "lei do menor esforço". A lei do menor esforço” não é um fenômeno recente e definitivamente não vai acabar por aqui, contudo, é necessário que saibamos sobre o que estamos a falar antes de afirmar coisas que não têm qualquer fundamento. É simplesmente impossível determinar o número de informação errada que está a ser difundida como verdadeira. Como resolver este problema? Basta perguntar, pesquisar e colocar a informação correta... (...) Não há desculpa para a falta de pesquisa em se tratando de publicação de trabalhos! Se não se sabe, não se faz! Fato: "aquilo que não está certo, está errado" (...)."Em Karatedō não há enganos: ou é ou não é, ou se sabe ou não se sabe!" (LISBOA, Aragão)E é por isso que todos os instrutores, os "sensei" são obrigados a pesquisar e saber o que ensinam, (...) saber realmente é obrigação daqueles mais avançados, daqueles que estão a ensinar! A pesquisa não é privilégio de alguns, está acessível a qualquer pessoa, com qualquer nível cultural ou técnico.Apenas procurando, perguntando e questionando é que podemos realmente "aprender" as artes que praticamos. Infelizmente as pessoas acomodam-se às informações transmitidas de forma errada e as assumem como corretas... e isso é um erro grosseiro, pois questionar é a base da aprendizagem: ou sabemos ou não sabemos. O que não podemos é escondermo-nos atrás de "verdades absolutas" para encobrir a nossa ignorância efetiva. Portanto, depende unicamente de si - instrutor de artes marciais japonesas - ensinar, orientar e instruir os seus alunos com base na sua pesquisa, na apresentação de informações fidedignas e na sua própria vivência particular.Copiar faz bem nos primeiros passos de qualquer arte, mas não podemos nos acomodar e manter esta postura se quisermos realmente saber a arte que praticamos ou ensinamos. A atenção aos pormenores é que faz a diferença entre um bom ou mau trabalho.Uma das barreiras que impedem a transmissão de conceitos corretos é o fato de que muitas pessoas preferem justificar um erro... a ter de mudar para uma forma diferente da habitual (...).As pessoas primitivas tinham tendência à veneração daquilo ou daqueles que desconheciam, mas na sociedade atual temos fontes de pesquisa e desenvolvimento intelectual necessário para eliminar qualquer misticismo inerente às artes marciais.Nas artes marciais tudo pode ser facilmente explicado sem haver necessidade de recorrermos à transcendência, ao misticismo ou falsas realidades, bastando que realmente se saiba do que estamos a falar.Nada, em nível de ensino de artes marciais, substitui a pesquisa e a instrução de matérias que dominamos.Não é vergonha não saber; vergonha é criar mitos, falsas expectativas, interpretações particulares de determinados fatos culturais ou históricos para mascarar a falta de conhecimento efetivo. (...) Vergonha é contentarmo-nos com o pouco que sabemos.Hoje em dia vê-se uma “corrida aos Dan”… Todos querem mais e mais Dan. E o estudo da arte passou a ser matéria irrelevante. Já vi 5º, 6º Dan que não sabem o significado de conceitos básicos… O que só demonstra que a faixa apenas é um marco de “estudo”, mas não indica o conhecimento efetivo. Uma pessoa que sucumbiu à “corrida aos Dan”, mas negligenciou o estudo da arte que pratica, independente dos milhares de Dan que possua, não passa de um mero "praticante da arte"(...) não é digno de ser chamado Karateka.A diferença entre o "praticante" e o "Karateka" é que um "aprendeu o feijão-com-arroz" e acomodou-se enquanto que o outro continua a estudar e aprender o máximo que pode sobre a arte que pratica. Mais uma vez... pesquisar, estudar e realmente entender o Karatedō como um todo é necessário... e isso depende do maior ou menor grau de interesse que cada um tem a respeito da arte que pratica. Cada praticante de artes marciais é um pesquisador nato, o problema é que esta mesma característica básica do ser humano é, em muitos casos, oprimida por aqueles que supostamente deveriam incentivá-la. E, infelizmente, é assim que a transmissão das artes marciais japonesas tem sido feita nos dias de hoje. Muito baixar a cabeça (Rei!), "pagar e calar".O questionamento como instrumento de maturação cultural transforma-se, para desespero de alguns "iluminados", no fator de desequilíbrio do "status quo", abalando as estruturas de determinadas entidades ou grupos. Tudo que se faz em Karatedō tem a sua razão de ser... e, nesta mesma linha de pensamento, tudo também tem a sua explicação lógica. Contudo, muitas vezes a informação a respeito de algumas dúvidas específicas a respeito do Karatedō não se encontram acessíveis imediatamente... mas isso não quer dizer que a informação ou a resposta para estas dúvidas não exista.A busca da resposta para uma dúvida por si só já é uma dupla vitória pessoal: vitória sobre a acomodação e vitória sobre a ignorância!Existem aqueles instrutores que se preocupam em apresentar informação fidedigna a respeito das artes (seja ela qual for) que ensinam e levam todos os assuntos relacionados com as suas artes - mesmo os pequenos ou aparentemente insignificantes - de forma séria e responsável, com objetivo de realmente ensinar e apresentar informação pertinente e correta a respeito dos seus estilos de Artes Marciais... e há também os "outros", o "resto". Não é necessário falar sobre a quantidade impressionante de trabalhos medíocres (livros, revistas, "sites" na internet, etc.) que "abundam" no mundo ocidental e que não servem como ponto de referência seja do que for... medíocres a ponto de não servirem absolutamente para nada a nível de informação para quem os consulta, nem em aspectos de informação sobre as artes marciais... nem sobre aspectos técnicos, pois nada tem sido pesquisado ou validado de forma metódica e imparcial. Simplesmente as pessoas têm publicado seus artigos sem verificar se a informação é ou não fidedigna. Todos querem ensinar algo, todos querem ser Sensei, mas raros são aqueles que querem realmente aprender. Lembrança (...): pessoas sérias fazem trabalhos sérios, o resto... não passa disto mesmo: resto.” (GOULART, Joséverson)