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História e Nascimento do Karate no Japão
 
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Tópico: História e Nascimento do Karate no Japão (Lida 9706 vezes)
Shogun
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História e Nascimento do Karate no Japão
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Julho 08, 2004, 09:46:57 »
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História e Nascimento do Karate no Japão
Ainda envoltas em mistério, e, na sua essência, verdadeiramente desconhecidas para quase todos, as artes de combate de mãos nuas originárias da Ásia Oriental e que se disseminaram um pouco por todo o mundo, são ainda com frequência vistas apenas como um mero desporto ou como uma actividade violenta, praticada sobretudo por marginais ou pessoas com personalidades conflituosas.
E, no entanto, nada poderia estar mais longe da verdade. Se bem que a vertente desportiva das artes marciais talvez seja hoje a mais difundida, não só em razão da sua eficácia, como também pela destreza física exibida pelos seus praticantes, a origem milenar de tais práticas nada teve a ver com o desporto, nem sequer com a competição.
Profundamente influenciadas por conceitos filosóficos, religiosos, morais, éticos e de conduta pessoal, para inúmeros adeptos, ao longo dos séculos, as artes marciais converteram-se numa via espiritual, num percurso que molda todos os aspectos da sua existência.
Existem numerosas artes de combate orientais, cada uma incluindo vários estilos, que, por seu turno, englobam um imenso leque de diferentes escolas. Regra geral, cada uma delas corresponde a uma interpretação particular, por parte dos respectivos fundadores, dos ensinamentos originais legados pelos mestres das artes mais antigas.
A principal razão de ser de tal variedade prende-se com a falta de registos, nomeadamente de textos e ilustrações, produzidos por esses grandes mestres, ou recolhidos e compilados sob a sua supervisão directa. Assim, muitos conceitos foram perdidos, e boa parte daquilo que chegou aos nossos dias é baseado no estudo e nas memórias de alguns discípulos, memórias essas que, ao serem finalmente passadas a escrito frequentemente quando esses mesmos discípulos tinham alcançado uma idade avançada –, por vezes se apresentavam já confessamente obscuras. Permanecem, por isso, muitas incertezas, quanto ao significado e à importância de alguns ensinamentos, e prossegue a busca por fontes fidedignas.
Se bem que em praticamente todos os países do Extremo Oriente possamos encontrar uma qualquer forma de arte marcial local, acredita-se que, na sua maioria, terão tido uma origem comum. Na impossibilidade de as abordar a todas, este curto texto irá debruçar-se sobretudo sobre uma arte de combate de mãos nuas surgida em Okinawa – a principal das Ilhas Ryukyu, um pequeno arquipélago situado na encruzilhada das antigas rotas comerciais que ligavam a China, a Formosa e o Japão –, e que talvez tenha sido a que mais rapidamente se popularizou no Ocidente, depois de ter sido aprendida e praticada por muitos soldados norte-americanos aí estacionados numa base militar, após a Segunda Guerra Mundial. É hoje conhecida como Karate.
Muitos crêem poder encontrar as influências mais remotas do Karate na Índia, e o seu surgimento encontra-se relacionado com a difusão do Budismo. Mas ao pretender traçar esse percurso, é difícil, senão mesmo impossível, destrinçar o que são factos, lendas e tradições. Possivelmente existirá de tudo um pouco, e os estudiosos têm opiniões diversas. Porém, é aceite pela maioria deles que, algures entre os séculos V e VI, um monge budista, Bodhidharma (embora haja autores que contestam a sua existência), príncipe de um reino indiano e tido como o criador do Budismo Zen, cruzou os Himalaias e viajou para a China, onde obteve do imperador Wu autorização para se deslocar à provícia de Hunan, a fim de aí ensinar a sua interpretação dos preceitos budistas aos ocupantes de um mosteiro local. Esse templo viria a tornar-se mítico e era conhecido como «Shaolin» («jovem floresta»).
Conta-se que as primeiras técnicas de artes marciais de mãos nuas surgiram como resposta a uma necessidade de defesa pessoal, sendo adoptadas por caminhantes e mercadores pobres sem posses suficientes para contratar escoltas que os protegessem durante as suas viagens. O próprio Bodhidharma (ou Daruma Taishi, como foi chamado no Japão) terá sido atacado por salteadores e animais selvagens no decurso do seu longo trajecto até Hunan. Porém, pertencendo, ao que se julga, a uma casta guerreira do sul da Índia, dominava uma já antiga arte de combate indiana designada Vajramushti, que viria a ensinar no mosteiro chinês.
O processo de estudo que implementou em Shaolin implicava, para além de períodos de meditação e de uma severa disciplina e preparação mental, a prática de treinos fisicamente exigentes – ambos auxilares preciosos, segundo o Zen (conhecido na China como Ch'an), no desenvolvimento espiritual necessário para atingir o estado de «iluminação» alcançado por Buda, e que constitui o propósito de todos os budistas. Mas tais práticas eram tão rigorosas que os monges ficavam extenuados.
Bodhidharma desenvolveu então um sistema de treino progressivo, baseado em técnicas respiratórias especiais e em movimentos de mãos, por forma a dotar os seus discípulos quer de mais força, quer de maior resistência física. Segundo parece, tê-lo-á registado por escrito com o nome de Ekkin-Kyo, considerado por alguns como sendo o primeiro livro sobre Karate.
Apesar de, provavelmente, já serem conhecidas em Shaolin primitivas formas de luta sem armas, considera-se que os ensinamentos de Daruma Taishi, imbuídos das vertentes filosófica e espiritual, podem ser encarados como a base da maioria das artes marciais chinesas, nomeadamente do estilo particular de boxe praticado no próprio Templo, um método de luta designado Shorin-Ji Kempo.
Passando os monges, em consequência dos treinos, a estar mais aptos a defender-se de ataques inesperados e a poderem infligir sérios danos aos adversários, os princípios budistas que seguiam, de lealdade, honestidade, altruísmo e benevolência, impunham o respeito por um código moral e ético a ser escrupulosamente seguido. As técnicas de luta apenas deveriam ser exclusivamente utilizadas como autodefesa ou para ajudar terceiros, e nunca como forma de exibicionismo. É também interessante mencionar o facto de, nesses tempos, os mosteiros serem os principais detentores do saber médico, daí que os acólitos tivessem um conhecimento profundo da anatomia humana, o que, obviamente, lhes conferia a vantagem acrescida de conhecerem com exactidão quais os pontos vitais do corpo.
A fama de Shaolin como local onde se formavam os mais temíveis lutadores de boxe chinês acabaria assim por atrair seguidores e transcender fronteiras, nomeadamente quando os monges abandonavam o templo para difundirem o Budismo Zen pelos países vizinhos, como a Coreia, Okinawa ou o Japão. E se bem que o contacto com diferentes culturas tenha resultado em inevitáveis adaptações à realidade local, os princípios básicos permaneceram fiéis à filosofia de Shaolin.
A própria designação de Arte Marcial, traz implícita uma dimensão estética inerente à Arte. E não restam dúvidas de que a maioria das posturas e movimentos adoptados são dotados de beleza e harmonia.
Em alguns estilos particulares, como, por exemplo, no Kung-Fu, muitas das posições baseiam-se nos movimentos de animais e noutros elementos da Natureza. Na imagem, praticantes de Karate treinam com armas tradicionais, adaptadas a partir de instrumentos agrícolas.
O Mestre Gichin Funakoshi, nascido em Okinawa, na cidade de Shuri,
encarado como «pai» do Karaté actual, foi um dos seus principais impulsionadores.
Do Ch'uan-Fa ao Karate
A partir dos conhecimentos trazidos de Hunan, muitas adaptações e desenvolvimentos surgiriam mais tarde, dando origem às várias artes de combate de mãos nuas, que se espalharam por toda a Ásia, chegando a regiões tão longínquas como o Vietname, o Camboja ou a Tailândia. Porém, aquela que haveria de influenciar o Karate viria da própria casa-mãe. A sua designação em mandarim é Ch'uan-Fa («via do punho»), mas acabaria por tornar-se mais conhecida como Kung-Fu de Shaolin.
Como foi já referido, considera-se que o berço do Karate moderno foi Okinawa. Alguns autores acreditam que, devido à posição geográfica da ilha, os seus habitantes desde muito cedo terão mantido contactos com o continente, mesmo ainda antes do aparecimento da escrita. A ser assim, as trocas culturais aparecem como uma inevitabilidade natural, não surpreendendo, por isso, que a Okinawa tivessem chegado monges de Shaolin, até porque, embora não se saiba ao certo desde quando, a partir de certa altura esta passou a ser regularmente utilizada como um ponto de escala nas travessias entre o Japão e o China.
Existem relatos que afirmam ter sido introduzida na ilha, durante a Dinastia T'ang (entre 618 e 906), uma modalidade de Ch'uan-Fa já semelhante ao Karate. Outros alvitram que, durante o século VII, sobreviventes de navios provenientes do Celeste Império ou do arquipélago nipónico que haviam naufragado ao largo de Okinawa teriam acabado por se estabelecer junto dos ilhéus, partilhando com estes os seus conhecimentos das artes de defesa pessoal. Julga-se, no entanto, que já existiria aí uma forma anterior de luta com os punhos fechados, que se desenvolvera localmente, e denominada Te, hoje tida como a verdadeira raiz do Karate.
Em 1372 o Rei Satto de Okinawa e o Imperador chinês acordam um intercâmbio de delegações culturais e a Ilha torna-se ainda mais permeável à cultura chinesa.
O Ch'uan-Fa dissemina-se então por todo o arquipélago Ryukyu.
Os maiores impulsos para o desenvolvimento do estilo de combate de mãos nuas praticado em Okinawa ocorreram quando, em várias ocasiões, os seus habitantes se viram impedidos de utilizar qualquer tipo de armamento.
Entre 1477 e 1526, sob o reinado de Sho Shin, foram proibidas todas as armas. Mais tarde, já no início do século XVII as Ilhas de Ryukyu caem sob controlo do clã japonês Satsuma e o arquipélago perde a sua independência. Uma vez mais privados do uso de armas, confiscadas pelos novos governantes no intuito de desencorajar quaisquer tentativas de revolta, os habitantes locais encontravam-se particularmente expostos não só às investidas de malfeitores como ao instável temperamento dos samurais.
Durante esses períodos, frequentemente longos, os grupos praticantes de Ch'uan-Fa e de Te reuniam-se em segredo, a fim de praticarem as suas artes e de decidirem como organizar a resistência. Treinavam-se em casas particulares, habitualmente a coberto da noite, para evitarem ser detectados. Foi também quando começaram a recorrer às alfaias usadas no trabalho do campo para se defenderem (e, se necessário, para atacarem, naturalmente). Armas temíveis, quando adequadamente manejadas, são, por exemplo, a famosa nunchaku (matraca), tradicionalmente usada para bater os grãos de arroz, a fim de separar as cascas, o sai, espécie de tridente com o dente central maior, empregue para furar o solo durante as sementeiras, ou o bo, um bastão longo, utilizado para guiar o gado ou para conduzir barcaças (como curiosidade, refira-se que alguns peritos reconhecem em algumas das artes marciais nipónicas que utilizam o bo pormenores técnicos que consideram terem origem no tradicional jogo-do-pau português, cujos exemplos mais conhecidos ainda hoje podem ser encontrados sobretudo no Norte de Portugal. Julga-se que tais influências terão chegado ao Japão ainda durante o período dos Descobrimentos, possivelmente levadas pelos marinheiros portugueses).
Em três cidades de Okinawa, Shuri, Naha e Tomari, haviam sido erguidas três escolas de Te. Sendo cada uma delas representativa de distintos estratos sociais – Shuri era uma cidade de nobres, Naha era dominada por negociantes, e Tomari contava numerosos camponeses e pescadores – aí eram ensinados diferentes estilos de autodefesa, que tomaram, respectivamente, os nomes de Shuri-Te, Naha-Te e Tomari-Te. Porém, esses estilos diferiam entre si apenas superficialmente, motivo pelo qual eram colectivamente conhecidos como Okinawa-Te («a mão de Okinawa»), ou Okinawa-Tode («mão chinesa de Okinawa»). Durante a ocupação pelo Clã Satsuma as três escolas passaram à clandestinidade, tendo-se gerado em seu redor uma cortina de secretismo e esoterismo, propícia à propagação de numerosas lendas.
Mesmo com o fim da ocupação dos Satsuma (1875) e depois de o arquipélago ter passado a fazer parte integrante do Império do Sol Nascente, as sociedades secretas de Okinawa permaneciam relutantes à mudança. Talvez devido ao desaparecimento do anterior inimigo comum, as escolas de Shuri, Naha e Tomari começaram a encarar-se como rivais e o secretismo acerca do Tode manteve-se ainda por mais algumas décadas, até ao início do século XX.
O nome «Karate» tem igualmente uma história curiosa. O ideograma kanji (os Kanji , um conjunto de vários milhares de caracteres com os quais se escreve a língua japonesa, foram importados da China através da Coreia durante o século V, e podem ser lidos de várias formas) usado para representar a expressão «Tode» pode também ser pronunciado «kara». Então Te foi substituído pelos mestres de Okinawa por Kara-te-jutsu («arte da mão chinesa»). Mais tarde, o Mestre Gichin Funakoshi, considerado como o fundador do Karate moderno, e que o apresentou pela primeira vez publicamente no Japão, adoptou para o símbolo que representa «kara» o significado alternativo de «vazio», passando então o termo Karate a ser entendido como «mão vazia». Finalmente, é acrescentada a palavra Do, que, em japonês, significa «via» ou «caminho», expressando logo na própria designação que a prática desta arte é um percurso, constituindo uma busca permanente de aperfeiçoamento pessoal, baseada no equilíbrio físico e psíquico, na autodisciplina e no respeito por um código moral e ético assente em profundos princípios filosóficos.
Karaté-Do é, portanto, a «via das mãos vazias»...
Um Abraço
SHOGUN
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Luiz
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História e Nascimento do Karate no Japão
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Resposta #1 Online:
Julho 08, 2004, 10:48:34 »
Sensei Shogun...
Existe algum relato sobre o treinamento de kihon, kumite e kata?
Existiam diferenciação no treinamento?
Existiam treinamento de kumite?
Oss...
Luiz.
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História e Nascimento do Karate no Japão
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Resposta #2 Online:
Julho 08, 2004, 13:06:59 »
Ola Luiz, vou tomar liberdade e responder suas perguntas de acordo com o que eu pesquisado por anos sobre artes marciais e minhas opnioes.
a)Existe algum relato sobre o treinamento de kihon, kumite e kata?
Ate onde eu saiba o KanKu ou Kushanku e o kata mais antigo, nao sei se existiram outros antes pois nao conheco nenhum registros, mas se katas antes do kushanku existicem ele teriam provavelmente sobrevivido ate hoje, como o proprio kanku. Sobre kumite eu creio que so existia os kihon kumite, pois em uma luta livre acidentes gravicimos poderiam acontecer devido à varias tecnicas extremamente perigosas destas artes, e tb se fomos analizar estilos que nao se modernizaram (estou me referindo à estilos de kung fu, pois o karate se modernizou em geral, exeto por algumas linhagens) contastaremos que formas de combate livre nao estao presentes, podemos notar que antes do karate se modernizar nao existia formas livre de combate, por ex.: o kumite livre no shotokan foi introduzido pelas decadas de 30 mais ou menos, devido a influencia de artes japonesas como o judo ou jujutsu que tinham combates livres. Quanto ao kihon: creio que ele sempre esteve presente, neste caso nao tenho muita informacao.
b)Existiam diferenciação no treinamento?
bem, creio que so estas sobre kumite e talvez kihon. Mas uma coisa que eu tenho certeca (ditas por karatecas que treinaram ao modo antigo) e a seguinte: antigamente o treinamento nao era sistematizado, isto veio com a modernizacao da arte, entao nao tinha essa de vc ter que aprender os katas numa certa ordem por exemplo. Vc estudava os katas com a qual vc se identificava, e neles se especializava, geralmente vc aprendia uns 3 katas para vc se aperfeicoar, e os outros deixava para la, so aprendia por aprender mesmo. E creio que antigamente se treinava tecnicas mais letais, como ataques de dedos a pontos de pressao e vitais, estrangulamentos......
Outra coisa que eu notei pelo que eu vi e que antigamente nao avia essa divisao de Kobudo e karate, se treinava junto geralmente, apesar de terem existidos mestres so de armas.
Existiam treinamento de kumite?
Ja foi respondida
Um abraco
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História e Nascimento do Karate no Japão
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Resposta #3 Online:
Julho 08, 2004, 13:18:00 »
Adcoes aos comentarios de Shogun:
Uma das influencias que okinawa recebeu de artes japonesas foi a seguinte: no Japao o Cla dos Minamoto tinha perdido uma batalha para o Cla do Taira, entao os Taira decapitaram as cabecas dos Minamotos, pore um foi salvo devido à ter lutado com braveza e determinacao ate o final da batalha, seu nome era Minamoto no Tememoto, entao os Tairas cortaram os tendoes de um de seus bracos e o deixaram numa das ilhas do arquipelago RyuKyu, la Minamoto no Tamemoto viveu, e entao o seu filho foi o primeiro rei de okinawa ( se nao me engano seu nome era Shuten ), como Minamoto no Tametomo era um samurai ele tinha levado tecnicas de armas ( como kenjutsu e naginatajutsu ) e tecnicas desarmadas (como jujutsu) para a ilha, esta arte entao foi passada de geracao em geracao para os reis de okinawa ate chegarem aos dias de hoje, quem sistematizou esta arte foi o Mestre Seikichi Uehara. Esta arte era chamada de gotente e tb de Bushi-te (maos de palacio) e era treinada pelos bushi da ilha. Hoje a arte de Chama Motobu-ryu Kobujutsu e e cacterizada pelo uso de torcoes, chaves, imobilizacoes e lancamentos, parace muito como o aikido ou o aikijujutsu (ate pq tiveram origens das mesmas artes).
Valeu
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Resposta #4 Online:
Julho 08, 2004, 16:11:22 »
OSS! :lol:
Respondendo ao LUÍZ!
Não será preciso ser-se um Mestre em Karate para responder ás suas questões, basta o LUÍZ pensar um pouco nos actualmente 100 estilos de Karate praticados no Japão e tiraremos algumas elações.
Vejamos:
No que respeita ao KIHON cada estilo procura treinar e ensinar as suas combinações técnicas segundo se está a praticar Kihon Médio (ensino de só uma técnica - seja ela postura, ataque de tronco, ataque de pernas, defesa de tronco ou defesa de pernas). Cada estilo é autónomo e executa as técnicas segundo os padrões definidos pelos seus Instrutores e seguindo naturalmente o seu Programa Técnico.
No que respeita ao KUMITÉ basicamente acontece o mesmo que no Kihon, apesar de a maioria dos Estilos passarem pelos vários tipos de Kumité Tradicionais: Gohon-Kumite, Sanbon-Kumite, Kihon-Ippon-Kumite, Jyu-Ippon-Kumite, Kaeshi-Ippon-Kumite, Okuri-Jiyu-Ippon-Kumite, o Jiyu-Kumite (Combate Livre e o próprio Shiai-Kumite estão fora do alcançe do ensino do Mestre) neste tipo de Combate o aluno evoluirá por ele naturalmente. Claro que em 100 estilos alguma coisa terá efectivamente de ser diferente.
No que respeita ao KATA, como sabe no Karate Shotokan treinam-se e ensinam-se actualmente 26 Katas, no Karate Shotokai um estilo formado com a base do Shotokan, treinam-se os mesmos 26 Katas mais os Taikyokus que são 6 katas preparatórios mais os Teno-Katas que são cinco criados por Gigo Funakoshi o filho do Mestre Funakoshi, que também são katas preparatórios ou seja são aprendidos antes dos Katas Heians Katas médios, seguindo-se os avançados e por fim os Superiores. No Karate Wado-Ryu estilo que tem como base também o Shotokan, os Katas são praticamente os mesmos que no Shotokan, embora executados com uma base mais alta, e com diferenças técnicas, isto acontece para todos os estilos o mesmo Kata mas com diferenças de estilo ou técnicas. No Karate Goju-Ryu as Katas são totalmente diferentes dos estilos anteriores, são praticamente Katas de força e de contração isométrica. No Shito-Ryu os Katas assemelham-se muito aos Katas Shotokan embora todos diferentes. Isto porque os estilos antigos Shuri-Te, Naha-Te e Tomari-Te, eram oriundos da ilha de Okinawa e em cada destas 3 cidades SHURI, NAHA e TOMARI se praticava o seu estilo de Karate, que mais tarde vem dar origem ao SHOTOKAN, SHITO-RYU e GOJU-RYU. O Shotokai e o Wado-Ryu já são estilos nascidos no Japão. Ainda voltanto ao Shito-Ryu, é o estilo com mais Katas que se tem conhecimento, conta com mais de 60 Katas, o que uma vida a aprender e a treinar Katas Shito-Ryu é bem capaz de não chegar.
Quanto ao treino geral ou global de cada estilo, ele caracteriza-se basicamente pelo estudo das três componentes técnicas do Karate. Kihon-Kata-Kumite.
O seu ensino varia de estilo para estilo e de instrutor para instrutor.
Hoje em dia os Instrutores procuram ensinar o Karate de modo mais científico utilizando meios de treino e métodos de treino, o que antigamente e já no meu tempo em 1966, não hesistia, o que havia era um treino muito severo levado até á exaustão e ao desmaio, o que nos nossos dias é incorrecto, pois com o Karate pretende-se formar Homens e Mulheres e não Animais Selvagens.
Espero que tenha ficado de alguma maneira esclarecido.
Um Abraço
SHOGUN
OSS!
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