Autor Tópico: Ricardo D´elia  (Lida 74448 vezes)

Offline sukioto

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #135 Online: Fevereiro 14, 2009, 13:06:04 »
 ;D
Senhor D’elia a academia em que treino é filiada na FKP (Federação de Karate Paulista) que é Filiada a FBK (Federação Brasileira de Karate) , e eles não cobram taxa de seus representantes estaduais.
A FKP representante da FBK no estado de SP, tbem tem um sistema diferenciado junto a seus filiados, alem de suas taxas não sofrer alterações durante vários anos,todas as taxas recolhidas junto a Federação é repassada um percentual aos filiados, e essa federação foi a primeira a adquirir pisos (Tatami) placas eletrônico para marcar tempo de luta e pontuação, placares eletrônicos para dar notas no kata etc.  achamos interessante esse sistema, pois já participamos de varias federações e nem uma delas atua como essa, ela visa praticamente beneficiar seus filiados e os atletas realmente,  não favorecendo apenas um pequeno numero de pessoas, e também vários atletas são contemplados com a bolsa atleta do ministério do esporte. Oss!!!   
 : ;D

Offline Pedro

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #136 Online: Fevereiro 14, 2009, 13:38:57 »
Olá!
Caro Sukioto,esse modelo de administração citado,acho eu, que não é
nada além do que qualquer administrador possa executar,é apenas mais HONESTO.
O que faltam não são homens competentes,faltam homens honestos.
Oss
Pedro
Com o "Obi", amarre seu corpo ao seu espirito,e vai em frente.

Offline Felipe Andrade

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #137 Online: Fevereiro 14, 2009, 14:00:08 »
é verdade
Furimukeba Tiisana Kinou, Me wo agereba Mugen no Ashita

Offline yama

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #138 Online: Fevereiro 14, 2009, 16:17:43 »
Oss Sukioto

o site é este http://fkp.com.br/conheca.html

pode voce desenvolver um pouco mais de sua federação....

pelo que parece é só o pessoal Shotokan filiado  ??? por que até o emblema tem o tigre Shotokan de Funa Sensei !!!

Oss
alberto
yama-Alberto S. Almeida

Offline katsumoto

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #139 Online: Fevereiro 14, 2009, 16:55:50 »
Conheço o mentor disso tudo!!! Marcio Fuscaldo. Pessoa seria dentro do Karate, de Sao Jose d Rio Preto. Sensei Delia deve ter conhecido o Mestre dele, Sr Matsumi.
A Federação e Confederação do Fuscaldo é muito interssante mesmo, tem cursos periodicos para arbitros, curss tecnicos e as pessoas envolvidas estao satisfeitas.EXemplo a ser seguido.
KATSUMOTO-Prof. Roberto Sant Anna

Offline Gabirú

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #140 Online: Fevereiro 14, 2009, 19:09:44 »
Sensei Delia, parabéns pelos seus relatos históricos.
É gostoso ouvir sua histórias e saber como  as coisas aconeceram e comearam no karate brasileiro.
Também entro nesse fórum diariamente agora para ver seus posts.
Obrigado por compartilhar conosco.
Oss!

Offline DElia

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #141 Online: Fevereiro 15, 2009, 01:15:30 »
Ari,
perguntas bem construídas merecem respostas no mínimo bem elaboradas, desculpe a demora de vários dias, parte respondo agora:

1 – No Karatê de modo geral e, especialmente, no Shotokan, os grandes mestres sempre usaram muito do coração e pouca da razão.
Na minha opinião classifico como mestres: Sagara, Tanaka, Okuda, Uriu, Rigashino, Machida, Takeuchi, Inoki, Denílson Caribé, Lirton Monassa e Paulo Góes, que dedicaram a maior parte da sua vida traduzindo o conteúdo e decifrando o significado da Arte Marcial do Karatê, aprimorando técnicas e táticas de combate, suando seus kimonos treinando ou ensinando, independente do grau ou nível, viveram por muito tempo respirando Karatê, em detrimento da grana.
Passaram-se os anos, de brisa e de ilusão ninguém vive, por razões óbvias, em determinado momento o interesse pessoal e a necessidade financeira se sobrepôs aos princípios da Arte Marcial, e quiseram individualmente ser donos do maior pedaço do bolo, ou do bolo todo! Não havia estrutura administrativa nas suas academias e buscaram na fundação de Federações a solução para este problema, mas acabaram fazendo “o prato para os outros comerem”.
Os mestres Denílson Caribé, Lirton Monassa e Paulo Góes foram exceção à regra, o Denílson tinha uma estrutura fantástica e fazia  diretamente a gestão das suas academia e instrutores, o Lirton teve academias, mas a vida acadêmica (Universidade) era sua paixão, o Paulão nunca quis mais do que o próprio Karatê, basta lembrar da sua sociedade com o Inoki, por décadas.
Concluindo, eram ótimos karatecas para o chão do dojo, mas incompetentes para planejar para os próximos dias, quanto mais para anos seguintes.

2 – Credito ao Shinzato Sensei o mérito de grande líder da Shorin e do próprio Karatê, além do enorme conhecimento técnico, suas qualidades pessoais como a educação, o respeito e o bom senso fizeram dele uma figura ímpar. Estes valores foram, a meu ver, decisivos para que ele conseguisse agregar e manter milhares de adeptos e filiados, tornando-se o único “grande chefe”.
Nos outros estilos, principalmente no Shotokan, sempre tivemos muitos caciques querendo dividir os mesmos índios e a mesma terra.
A grande maioria concentrou-se em São Paulo, ou pelo menos começou aqui, por ser a porta para a imigração japonesa e foram indo para outros Estados, sem nunca ter a preocupação de manter uma unidade, já que se dizia que havia espaço para todos.
Partindo desta premissa, os seguidores de cada um destes núcleos, criados pelos estilos, replicaram incontáveis vezes, ipsis literis, a atitude dos seus precursores, o que resultou no que temos hoje, uma grande desordem.
Não posso deixar de ressaltar que recebemos também “grossos respingos” de uma herança internacional maldita, a cisão do Professor Nishyama e seus pares, já que ele exercia total controle sobre a grande maioria dos mestres japoneses da Shotokan, aqui sediados.
Desta forma, hoje em dia, acho impossível avançarmos para uma posição de união, já que todos se mantêm estáticos numa posição retrógrada, onde só têm caciques e nenhum índio.

3 – Um “jogo de guerra” à um “esporte de morte”.
Estive à frente, por muitos anos, da Seleção Paulista como técnico e simultaneamente atleta e da Seleção Brasileira como técnico, convivendo com as competições nas regras atuais e nas anteriores. Pude competir durante décadas na disputa de Shobu ippon e depois fiz dois torneios como veterano no Shobu sambon, tendo priorizado sempre a preparação física, extra Karatê, senti-me seguro nas novas regras, entretanto o “cuidado com a derrota” passava a ser um item secundário, já que vc depois de tomar dois golpes “mortais” ippons, ainda continuava vivo ... como num vídeo game quando se é atingido mortalmente e se continua vivo no jogo.
A caracterização de Shiai em jogo, vi pela primeira vez na equipe do Rio de Janeiro, dirigida pelo Inoki Sensei com uma condução inovadora no treinamento dos atletas, primeiro a abordagem na criação de kihon para shiai: com movimentos e terminologia própria para competição, depois táticas específicas, mantendo mentalmente técnicas eficazes, naturais da Arte Marcial, combinando com princípios estratégicos criados em quaisquer jogos desportivos, como: golpear na região onde o juiz mais vê, mostrar o golpe puxando a mão, chute em cima do quadril, seqüência de golpes em alturas diferentes e por aí vai.
Enquanto isso, o Okuda Sensei, mantinha o treinamento tendo ou não competição, no mesmo formato sem nenhuma alteração e, ainda, como técnico da equipe de São Paulo, durante as lutas,gritava para seus atletas: “Mata, mata ...”.
Quem estava certo?
O que treinava para vencer seguindo as regras num clima esportivo ou quem treinava para vencer pensando em “matar”?
Eu prefiro um “jogo de guerra” à um “esporte de morte”.

Ricardo

Offline Chicão1956

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #142 Online: Fevereiro 15, 2009, 01:41:35 »
Presadp Ricardo Delia, muitas pessoas ainda tem curiosidade em saber sobre o que de fato aconteceu no passado que dividiu de maneira tão radical, dois grandes mestre como os Senseis Okuda e Sasaki?
Admiriro os dois Professores e espero contar coma sua habitual parcialidade no seu relato.

Offline DElia

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #143 Online: Fevereiro 15, 2009, 10:13:27 »
Chicão,
acho que vc quis dizer imparcialidade (o que não consigo é me isentar dos meus princípios, podendo parecer parcial num primeiro momento), é isso? 
Mas, de qualquer maneira, o que aconteceu foi o seguinte:  Okuda Sensei, o único verdadeiro mestre, tinha um grupo de karatecas que treinava junto com ele todos os dias (Gomes, Ennio, Robson, Sasaki e eu) e que além do Karatê realizava todo tipo de serviços, por exemplo: o Sasaki era  tradutor e secretário,  o Ennio regava plantas do jardim da casa dele, o Gomes ia pagar contas no banco, eu era o motorista, todos pintavam  a academia, todos trabalhavam para fundar a FPK, todos organizavam eventos esportivos, todos davam dinheiro do bolso para trazer os professores japoneses, todos davam aulas na Butoku-kan. Acontece que todos, também, tinham família e responsabilidades inerentes à esta condição, o que era ignorado e esquecido pelo Okuda Sensei, o Sasaki era professor no CEPEUSP e em academias, tinha um status, e necessidades, profissional e pessoal a manter (como todos nós) ... sem suportar uma situação de falta de compreensão e respeito ele deixou a Butoku-kan.
 
« ltima modificao: Fevereiro 15, 2009, 10:28:39 por DElia »
Ricardo

Offline DElia

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #144 Online: Fevereiro 16, 2009, 11:24:15 »
Enio,
Na minha visão, a diferença entre os mestres era que primeiros que aqui chegaram nos anos 50,  Shinzato, Harada, Akamine, vieram como agricultores e traziam entre suas ferramentas, bons conhecimentos do Karatê; nos anos 60, alguns mestres saídos da Universidade (mestres Sagara, Tanaka, Uriu, Machida, Takeuchi, Higashino) com boa formação educacional e um ótimo nível de Karatê e nos anos 70 o único (Okuda) recém saído da NKK com formação plena no “profissional”.
O Ricardo Carvalho, estudante da Takudai por 4 anos, tricampeão japonês universitário, um dos melhores karatecas do Brasil, e do qual não soubemos aproveitar todo seu conhecimento, me fez o seguinte comentário: “Os melhores da Takudai são convidados para treinar na NKK, mas quase ninguém vai, poucos tem padrinho bom, porque caso contrário eles matam o cara lá dentro de tanta porrada ou deixam ele quebrado!”
À meu ver, era o que eles chamavam de aperfeiçoamento dos mais perfeitos, um “apuramento da raça”, onde só os possuidores de técnicas apuradas e de corpo forte sobreviveriam.

« ltima modificao: Fevereiro 16, 2009, 11:44:19 por DElia »
Ricardo

Offline Luiz

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #145 Online: Fevereiro 16, 2009, 11:43:56 »
Sensei Delia, o senhor chegou a treinar junto com o Osvaldo Messias?

Ele foi um bom Karateca ou como Karateca foi um excelente marketeiro?

OSS...
"Aqui se cultiva o corpo e a mente"

Offline DElia

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #146 Online: Fevereiro 16, 2009, 12:15:34 »
Luis,
nunca vestindo kimono ele esteve do meu lado, nem muito menos vi ele trocar um soco siquer.
Oss
Ricardo

Offline Vinteedois

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #147 Online: Fevereiro 16, 2009, 12:31:19 »
hehehe... parece até uns presidentes de federações que eu conheço!
DENUNCIE A PEDOFILIA! (disque "100")
www.musicaart.wordpress.com

("às vezes é melhor ficar calado e deixar que pensem que você é um idiota, que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida" - autor desconhecido)

Offline Chicão1956

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #148 Online: Fevereiro 16, 2009, 12:39:53 »
Prof. Delia, desculpe o meu erro de digitação.
Obrigado pela franqueza de sua resposta.
Eu quis dizer realmente imparcialidade.
Eu sempre tive muita curiosidade em saber o que motivou essa separação.
Agora fica fácil de entender o porque de tudo.
Obrigado.
Oss!
« ltima modificao: Fevereiro 16, 2009, 13:08:40 por Chicão1956 »

Offline Pedro

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Re: Ricardo D´elia
« Resposta #149 Online: Fevereiro 16, 2009, 13:43:14 »
Ola!
Tá ai,agora o Ricardo confirmou o que eu já havia postado há algum tempo sobre o Oaswaldo Messias.
Eu também, nunca o vi treinando na Butoku kan,pois em uma antiga edição de revista de Karate,ele dá uma entrevista dizendo que os treinos que participou,eram duros etc.,etc., e tal.
Falar até papagaio fala,quero ver escrever.
Mas assim como ele,muita gente fala que esteve nesses treinos,só que até hoje,ninguém diz que viu.
Eita bando de Manés.
Oss
Pedro
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