Osu!
Este fórum sempre trás elementos ótimos para nossa reflexão!
Gostaria de abordar o assunto "desapego" que norteou esse tópico com um nÃvel filosófico (e bem humorado) interessante.
Acho que dentro do Karate-dô, um belÃssimo exemplo de desapego nos trouxe - e deixou como legado - O'Sensei Funakoshi.
De uma famÃlia da classe Shizoku, altamente tradicionalista, esta era contra a lei de extirpação do "birote" (cabelos presos em coque), chegando a impedir o jovem Funakoshi de estudar, pois, crianças com "birote" não eram aceitas nas escolas.
O'Sensei se inclinou à objeção dos pais, mas, depois livrou-se do "birote" para poder ser professor, o que indignou sua famÃlia. Esse grande ato de desapego (livrar-se do "birote" e a tradição familiar que ele representava) é um grande exemplo.
Seguiu-se muitos mais: não expor-se aos desafios para as lutas comuns na época de expansão do Tôde; não inclinar-se à formação dos estilos, buscando a unificação do Karate, são mais alguns exemplos.
Admiro muito a filosofia do desapego em suas várias roupagens (budista, estoica, cristã, univérsica, ubaldiana, etc.).
Sobre essa última luta apresentada do Sensei Yahara, sou obrigado a inclinar-me à sua exuberante técnica no seguinte ponto de vista: ao receber o primeiro golpe a nÃvel Jôdan ("esperneio-geri" quase me matou de rir
), ele se recompõe psicologicamente e ao reiniciar a luta, como um relâmpago, em um perfeito Tai No Sen ele adentra a guarda do oponente desferindo um fantástico Gyaku-zuki! Perfeito! No mais, são aquelas "embolações" horrÃveis tão comuns em situações semelhantes!
Osu!