Prezado Nelson,Eu sou um cara disciplinado, respeito tudo que devo respeitar, hierarquia, pensamentos, opiniões, opções, e te afirmo, que o respeito e a disciplina passam longe da humilhação e espancamento.Nas forças armadas (como citou o amigo BigBoy), o objetivo é esvaziar o cara ao máximo de seu amor próprio para que este seja cada vez mais capaz de entregar a vida por uma "missão". Tem seu objetivo... posso discordar, posso espernear, mas tem fundamento e motivo de ser... daà querer implantar esse mesmo tipo de idéia para o treinamento de karatê ou qualquer outra coisa, é exagero.Pode ter quem concorde, mas não dou autorização para ninguém humilhar meu filho. Isso não é protecionismo, isso é princÃpio. Eu não chamo meu filho "seu $%&!", porque um professor de qualquer coisa vai chamar?Não aceito!Quem quiser aceitar, beleza! Mas eu não aceito, e me sinto bem avontade pra isso, pois sei diferenciar bem as coisas... poderia discorrer mais sobre o tema, mas não vou me alongar mais...
Tá lidando com pessoas com data de nascimento acima de 1985, é bom ter mais paciência, pois grande parte deste povo é mais suscetÃvel a estes choques. Não é demérito. É só uma observação que tenho comprovado a cada dia.
Eu tava refletindo esses dias sobre a diferença entre um professor de Karate e um de Jiu Jitsu Brasileiro... é somente algumas considerações, nada de verdades universais, discordem a vontade.Tipo, não tive uma "educação" marcial como a que alguns aqui alegam, com professores casca grossa, kenshunãoseilaoque, e tudo mais. Meu Sensei não é dos melhores nesse quesito, mas nunca tive necessidade de faltar-lhe com o respeito, pelo simples fato de que eu sabia que se o fizesse o negócio ia ficar bem feio.Aà estava refletindo sobre alguns professores de Jiu Jitsu que tive, como passei por 3 academias pude notar um certo padrão neles. Bom, talvez por ser uma arte marcial brasileira (ainda que com raÃzes japonesas) o Jiu Jitsu reside em um ambiente um pouco mais largado, por assim dizer. Uma coisa que me chamou a atenção é que o sensei das três academias que eu fui participava dos famosos "rolas" que ocorrem depois de todo treino. Ou seja, começa por aÃ, ele dá a cara a tapa, não afina pros alunos... Numa ocasião vi um aluno faixa marrom pegar o professor, faixa preta, desprevenido e encaixar-lhe uma chave de omoplata, fazendo o professor bater. Por vir do Karate pensei que o professor ia ficar puto, afinal tinha toda uma aura de respeitabilidade a zelar... mas contrariando minhas expectativas o professor bateu mesmo (não fazia sentido quebrar o braço só pra se manter no treino), e assim que o aluno soltou ele levantou bastante empolgado com o desempenho do aluno, inclusive promovendo ele a mais um grau na sua faixa marrom.O pessoal manteve a mesma noção de respeito que ja tinha pelo professor, independente de ele bater pra esse ou praquele aluno. Pelas histórias de vcs, parece que tem uma noção de respeito um pouco diferente daquela que vi nas academias que passei, e é a mesma noção de respeito que compartilho.Para mim sensei não é aquele que fala grosso, que me bate e eu não posso revidar... Sensei é uma figura mais experiente que eu, que tem um conhecimento a me passar. Isso por si ja merece meu respeito. Se ele, em algum momento me humilhar, gritar comigo, me ofender ou me agredir é simples... vou embora e não volto mais.Isso me torna frouxo? Acho que não, isso só significa que não vejo qualquer crescimento técnico ou mesmo espiritual em ser humilhado por alguém na maioria das vezes inseguro de quem realmente é... Uma coisa é puxar o aluno para a seriedade... outra coisa é fazer ele se sentir um $%&! (muitas vezes ele ja está se sentindo por não fazer direito, na frente dos colegas).Hai!Juliano
Com uma diferença bem pequena o técnico grosseirão ganhou, fez com que o atleta marcasse mais pontos; se não me falha a memoria até cadeira no chão o técnico jogou, gritos na orelha foram vários rsrsrs.Alguns técnicos deram depoimentos, um que me marcou foi o seguinte: atletas com baixa auto estima deve receber elogios (sinceros claro) e outros tipos de incentivos; este tipo de atleta se cobra muito de si mesmo, não é necessário cobrar ainda mais. Atletas com auto estima la no alto (do tipo que se acha a ultima bolacha do pacote), estes o técnico tem que cair no couro senão o cara se acomoda e fica bem displicente, fora os problemas que a arrogância traz.OSS.
Da mesma forma que se vc mandar uma pessoa dar o seu melhor e ao final vierem apenas crÃticas você vai conseguir o efeito contrário daquele que vc queria.As pessoas não são programadas, não são robôs... se uma pessoa der o seu melhor e seu sensei retribuir com um "humpf" com o tempo ela vai desanimar, ou melhor ainda, mudará para um sensei que saiba valorizar seu esforço.O elogio é apenas um dos combustÃveis. É a mesma coisa que a pessoa trabalhar em um local onde ganha bem mas não tem o devido reconhecimento de seus chefes. Imagine-se trabalhando em uma empresa, vestindo a camisa, dando o melhor de si, e suas ações sempre passarem batidas, caindo no anonimato... será que você não desanimaria?Juliano