Se está bom para desrespeitar senpai, está bom pra guentar treino forte.
o professor se mostra quando o aluno esta pronto.
"A popularidade internacional alcançada pelo Karate-do é recente, mas essa é uma popularidade que os professores de Karate devem fomentar e usar com grande cuidado" (Gichin Funakoshi, 1956)”
Osu, amigos!Vejo a questão proposta como de inteira responsabilidade do Sensei.É ele quem dá o “colorido” de seu Dôjô, ou de sua academia. Ele pode focar somente a competição; ele pode incentivar a violência; ele pode construir e amparar jovens desassistidos com os conceitos de cunho moral do Dôjô-kun. Ele pode também não conhecer nada disso...Vai depender da vivência marcial desse Sensei, seus valores, suas construções intelectuais e morais.Os bons atributos da personalidade tem origem nos princípios da formação do caráter. Qualquer eiva psíquica se manifestará em sua “expressão marcial”, em sua didática. Suas frustrações, suas delinquências, sua truculência, sua covardia, sua arrogância, será transmitida junto à sua filosofia enferma.O Sensei que melhor desempenho tiver, deverá saber desnudar-se para si mesmo, em um processo de autoconhecimento desgastante e por vezes doloroso. Isso porque todos nós somos eivados em nossa formação mais primitiva, impedindo-nos de sermos “lúcidos” enquanto estivermos revestidos por máscaras de “faixas-pretas”. Esse autoconhecimento é o caminho mais profundo do Dô.Um Dôjô de Karate-dô caracteriza-se pela vivência do Budô em todas as suas expressões: respeito (ao local, ao mestre, ao professor, aos mais antigos, a si mesmo), conhecimento teórico e filosófico, conhecimento técnico, treino físico.Todas essas manifestações são de responsabilidade do Sensei (mas, nem sempre executadas por ele, cabendo distribuir tarefas aos Senpai).No item “respeito”, a prática rigorosa do Reigi, a reflexão acerca do Dôjô-kun e Nijû-kun são fundamentais. O Sensei tem que ter conhecimento teórico e filosófico sobre esses pensamentos da cultura japonesa. E antes disso, tem que possuir um intelecto capacitado (não significando formação acadêmica).Nos demais itens o conceito de Shingi-tai é o melhor suporte para o Sensei, desde que ele possa dominar os aspectos encerrados nesse contexto filosófico.Infelizmente uma formação, tão somente, não é sinônimo de um bom Sensei, embora ajude muito no aperfeiçoamento daqueles já propensos em sua formação moral.Osu.
Acho que a citação do Mestre G. Funakoshi usada na assinatura do Sensei Eros é o mais importante alerta para esta temática, quão sábio escrever algo tão significativo e atual:Citar"A popularidade internacional alcançada pelo Karate-do é recente, mas essa é uma popularidade que os professores de Karate devem fomentar e usar com grande cuidado" (Gichin Funakoshi, 1956)”A maioria dos que iniciam no karate são crianças trazidas pelos seus pais, que ainda acreditam na disciplina e na filosofia do karate e do judo, mas a imagem que o UFC, os “pitboys” vai propagando na mídia, somado às reportagens sobre maus professores agredindo seus alunos e o esportivismo desacerbado é o que vai estragando esta referência positiva que sempre tivemos. Acredito que a busca pela filosofia não seja o principal motivo que atrai adultos e jovens para o karate, mas o aluno pode aprender a valorizar e a respeitar estes princípios, só depende do Sensei.Oss!
Concordo, na verdade Funakoshi criticava aqueles que utilizavam o karate pare enaltecer seu ego, se exibiam e queriam mostrar que eram bons. (acho que isso atira para todos os lados!)Funakoshi pregava um karate puro, calmo, humilde e sem prepotencia.