Autor Tópico: História do Kyokushin  (Lida 27030 vezes)

Offline RENGO-KAI

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História do Kyokushin
« Resposta #30 Online: Dezembro 05, 2006, 09:56:58 »
Tópico polêmico hehehe.
Postaram recentemente no orkut essa Entrevista com Jon Bluming
Aí vai. Está em inglês, mas vale a pena ler.

http://www.kyokushinbudokai.dk/interview_with_kancho_jon_blumin.htm

Esse cara é O cara em termos de judô e karatê kyokushin, ele é um judoka de altíssimo nível e treinou KK diretamente com Mas Oyama (e sim, ele também é um karateka de altíssimo nível).

Precisávamos de mais gente como ele. Ele fala logo o que pensa, e que se dane se os outros concordem ou não - em especial, as suas opiniões sobre Oyama, MMA, esportes de contato e dondocas marciais são muito interessantes.

Acho que seria legal discutirmos as opiniões desse cara, o homem é uma verdadeira lenda viva das artes marciais

Offline RENGO-KAI

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História do Kyokushin
« Resposta #31 Online: Dezembro 05, 2006, 09:58:22 »
Jon Bluming e os japoneses
"Considering that Japan has never won anything important in the last 40 years in karate does not help much either. In judo, they also had bad years, and that takes a lot away from the “Japanese way.” When I asked my old teacher Daigo Sensei why the Japanese did so bad he said, “They are not hungry anymore, and the traditional way is slowly fading. In addition to that, we are teaching the old ways too much, while the Western way is more modern, and they have strong minds and a will to win. They are not afraid of the Japanese anymore.” I could see that clearly, especially when Geesink and then Ruska — my students — won so many titles against the Japanese fighters."

Jon Bluming e o Aikido
I remember that Draeger Sensei took me to the Ueshiba dojo for aikido classes. I looked on in amazement. The movements were very nice, but on the street nobody is going to run around you and jump all over himself when taken by the wrist! I asked the sensei if I could fight one of his students or his son, but he told me they did not fight. I asked them if that’s how they did their championships, but they said they didn’t. So I told them that I could take dancing lessons in Holland. To be honest, in the modern fashion of aikijitsu, there are some very good and real street-fighting techniques that are useful. I even studied some, so that has changed for the better.

Jon Bluming, Mas Oyama, e os touros
When I was training under Oyama Sensei for several weeks, he invited Bill and I into the office upstairs. While there, he showed us a film of him fighting a bull at Tatyama prefecture in 1952. To start, it was not a bull but an ox. That is a big difference, my friend! The ox was visibly scared because oxes are kept as pets in farm country, and they let them fight each other under strict rules like sumo. As soon as they put their heads together to push each other over a certain spot in the ring and there is some blood, they stop the fight and care for their pets. To hit one that is very much used to being stroked emotionally is — in my opinion — very wrong. I love animals. Oyama Sensei never killed the ox; they did that at the slaughterhouse. But he seriously hurt the animal. The ox did not want to fight and never attempted to do anything. That’s sad. I told Sensei Draeger not to show this to Westerners because they would not like it. He looked at me and said that he [Oyama] was not completely crazy, and we had a good dinner after that. Oyama explained that this occurred at the start of kyokushin karate, and he needed the publicity stunt. He added that he would never do something like that again.

Offline RENGO-KAI

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História do Kyokushin
« Resposta #32 Online: Dezembro 05, 2006, 09:59:20 »
04/12/2006 08:02 Jon Bluming: esporte e defesa pessoal
Mais uma pérola do grande mestre. Gosto muito do fato dele não medir palavras.

Para quem não entende inglês, o que ele diz aqui se resume nos seguintes pontos:

1) Karate deve ser ensinado como uma combinação de defesa pessoal, esporte e tradição.

2) Quem entra em uma academia e diz que quer aprender qualquer coisa que não seja dar porrada está MENTINDO.

Confesso que sou fã do homem.


"Q: When teaching the art of karate, is self-defense, sport or tradition the most important element?

A: The answer is a combination of all three aspects, but there is something very important that you have to remember here. When a new member applies for membership, he is not joining to learn kata. He wants to beat up as many people on the streets as he meets. When they say that they don’t come for that and when they say that they are signing up for the spiritual side of the martial arts, you have a terrible liar in front of you. I had some real punks come into the dojo in the 1960s and 1970s, and I always beat them up on the first day just to show them who was the boss and who was the sensei in the school. A lot of them could not take it and left, but some of them became real good budoka. They went on to become good and dedicated teachers and fighters and very seldom had to fight on the streets. That’s the type of budoka that I love, and that’s why it is all worth it. Those who leave end up talking on the Internet and telling lies on their websites."

Offline RENGO-KAI

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História do Kyokushin
« Resposta #33 Online: Dezembro 05, 2006, 09:59:55 »
1) Sobre o aikidô: uma vez ele foi no dojo Ueshiba de aikidô, e achou aquilo um absurdo, pois na rua ninguém vai se jogar no chão só porquê te agarraram o pulso. Ele pediu ao sensei para lutar com um aluno, ou com o filho do sensei. O sensei disse que eles não lutavam. Ele então perguntou ao sensei se era daquele jeito que eles faziam campeonatos. O sensei disse que eles não competiam. Jon Bluming, entçao, respondeu que ele poderia fazer aulas de dança na Holanda, sua terra natal, e não precisava ir até o Japão. Mas alguns golpes do aikijutsu são interessantes.

2) Sobre Oyama e os touros mortos: Bluming diz que aquilo tudo foi uma jogada de marketing absurda, e ele aconselhou a Oyama que não usasse aquilo (mas Oyama precisava da publicidade). Os "touros" mortos na verdade eram BOIS, e sequer queriam lutar - Oyama os feriu gravemente sem que os bichos reagissem.

Mais adiante, na entrevista, Bluming comenta outras lendas lendárias sobre Oyama - ele ouviu DO PRÓPRIO MATSUI (soke da Kyokushinkaikan após a morte de Oyama) que ele, Bluming, e Oyama teriam entrado em um bar cheios de yakuza e enchido todo mundo de porrada.

Bluming diz que riu na cara de Matsui e o disse para não ser ridículo, pois se eles houvessem tentado isso, ambos estariam mortos. Matsui, então, respondeu que era bom que Bluming não desmentisse esta história, pois há certas lendas que devem permanecer.

Tô falando, o velho é $%&!.

Offline Borchio

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História do Kyokushin
« Resposta #34 Online: Dezembro 05, 2006, 11:17:05 »
Citação de: "RENGO-KAI"
1) Sobre o aikidô: uma vez ele foi no dojo Ueshiba de aikidô, e achou aquilo um absurdo, pois na rua ninguém vai se jogar no chão só porquê te agarraram o pulso. Ele pediu ao sensei para lutar com um aluno, ou com o filho do sensei. O sensei disse que eles não lutavam. Ele então perguntou ao sensei se era daquele jeito que eles faziam campeonatos. O sensei disse que eles não competiam. Jon Bluming, entçao, respondeu que ele poderia fazer aulas de dança na Holanda, sua terra natal, e não precisava ir até o Japão. Mas alguns golpes do aikijutsu são interessantes.

2) Sobre Oyama e os touros mortos: Bluming diz que aquilo tudo foi uma jogada de marketing absurda, e ele aconselhou a Oyama que não usasse aquilo (mas Oyama precisava da publicidade). Os "touros" mortos na verdade eram BOIS, e sequer queriam lutar - Oyama os feriu gravemente sem que os bichos reagissem.

Mais adiante, na entrevista, Bluming comenta outras lendas lendárias sobre Oyama - ele ouviu DO PRÓPRIO MATSUI (soke da Kyokushinkaikan após a morte de Oyama) que ele, Bluming, e Oyama teriam entrado em um bar cheios de yakuza e enchido todo mundo de porrada.

Bluming diz que riu na cara de Matsui e o disse para não ser ridículo, pois se eles houvessem tentado isso, ambos estariam mortos. Matsui, então, respondeu que era bom que Bluming não desmentisse esta história, pois há certas lendas que devem permanecer.

Tô falando, o velho é $%&!.


$%&! veih q lixo eim Decepção !
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Offline K_1

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História do Kyokushin
« Resposta #35 Online: Dezembro 05, 2006, 13:31:45 »
bluming está certo,tem q para com esses negocios d lenda.
temos q treinar oq é possivel,saudavel e eficiente saber conviver com as difernças ums dos  outros  e respeitar, caso contrario vira guerra taí no jornal todo dia



a enfasê do  kyokushin é kumitê em uma distancia reduzida , é apenas um estilo como o gojo-ryu como shotokam , shorin, wado-ryu todos tem diferenças entre si pontos fortes e outros  questionaveis,no final é tudo igual é karatê,a diversidade de estilos no karatê  é normal por uma série de fatores cadaum escolhe o q tem mais  afinidade

já tão falando por ai q tem dois tipos d shotokam trdicional e olimpico 8O ????
num sei então porq embaçar com outrs estilos...
dore a Deus, tenha compaixão pelos humildes, submeta os seus adversários.

OSS.

Offline ZenKen

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História do Kyokushin
« Resposta #36 Online: Dezembro 05, 2006, 14:15:18 »
Oss Rengo-kai.

Meu camarada, embora eu seja praticante do shotokan e o kyokushin não precise da minha defesa, acho porém que você deveria ter traduzido também esta parte da entrevista.

Um grande abraço.

Q: Sensei, you have trained under Mas Oyama and Kyuzo Mifune, both of whom are legendary. What can you tell us about them?

A: I was Oyama Sensei’s first foreign student and stayed with him — the first time — for almost three years in the old dojo behind Rikyu University. In 1966, I trained with him again for six months. By then, I was the third man in the kyokushinkai after my Sensei, Kenji Kurosaki, who really showed me in those years how to fight for real. Mas Oyama was like a father to me. He never let me pay for anything and always helped me out when I was low on money. He was a terrific teacher and really could raise my spirit when I felt really low. He also could put the fear of God into his students when they did not train the way he wanted them to train. It was the best years in my life. There were no politics or anything like that. I was simply training and felt like a God. From the start, he told me that he would put me a course to make me the European president and leader of the European kyokushinkai style. So, for all those years, I had very special training and the best support a student could expect. I really admired Mas Oyama. It was very sad that he changed so much in the later years. I was really shocked when he died. I felt like a very close family member or friend passed away. I did my best to pay him back by organizing his system in Europe. At that time, most budoka did not know what karate was and none were in a real dojo in Europe. That was in the 1960s. I loved to go around and show them the kyokushinkai style, and for those who didn’t believe in the style and challenged me, I had to beat the piss out of them! What was funny is that most of them usually became dedicated students of our style.

Offline RENGO-KAI

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História do Kyokushin
« Resposta #37 Online: Dezembro 05, 2006, 17:56:22 »
OK,OK Zenken a tradução dessa parte:

Q: Sensei, você treinou sob Mas Oyama e Kyuzo Mifune, ambos são lendários. Que pode você nos dizer sobre eles?

A: Eu era primeiro estudante estrangeiro de Oyama Sensei e permaneci com ele - a primeira vez - por quase três anos no dojo velho atrás da universidade de Rikyu. Em 1966, eu treinei com ele outra vez por seis meses. Por então, eu era o terceiro homem no kyokushinkai após meu Sensei, Kenji Kurosaki, que me mostrou realmente naqueles anos como lutar por real. Mas Oyama era como um pai a mim. Nunca deixou-me pagar por qualquer coisa e ajudado sempre me para fora quando eu era baixo no dinheiro. Era um professor terrific e realmente podia levantar meu espírito quando eu senti realmente baixo. Também poderia pôr o medo do deus em seus estudantes quando não treinaram a maneira que os quis treinar. Era os mais melhores anos em minha vida. Não havia nenhuma política ou qualquer outra coisa semelhante. Eu estava treinando simplesmente e sentido como um deus. Do começo, disse-me que me poria um curso para me fazer o presidente e o líder europeus do estilo europeu do kyokushinkai. Assim, por todos aqueles anos, eu tive o treinamento muito especial e a mais melhor sustentação que um estudante poderia esperar. Eu admirei realmente Mas Oyama. Era muito sad que mudou assim muito nos anos mais atrasados. Eu fui chocado realmente quando morreu. Eu senti como um membro ou um amigo muito próximo da família passei afastado. Eu fiz meu mais melhor para pagá-lo para trás organizando seu sistema em Europa. Nesse tempo, a maioria de budoka não soube que o que o karate era e nenhuns estavam em um dojo real em Europa. Isso realizava-se nos 1960s. Eu amei circundar e mostrar-lhes o estilo do kyokushinkai, e para aqueles que não acreditaram no estilo e não me desafiaram, eu tive que bater o mijo fora deles! O que era engraçado é que a maioria deles se transformaram geralmente estudantes dedicados de nosso estilo.

Offline RENGO-KAI

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História do Kyokushin
« Resposta #38 Online: Dezembro 05, 2006, 17:57:16 »

Offline K_1

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« Resposta #39 Online: Dezembro 07, 2006, 08:49:46 »
Obrigado pela traduçaõ rengo-kai,tava passando apertado p entender 8O

Oss
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OSS.

Offline Angelo_Melo

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« Resposta #40 Online: Dezembro 26, 2006, 01:51:29 »
Citação de: "K-1"
...treino shotokam  e kyokushin a mais de vinte anos...

Olá K-1. Gostaria de perguntar se é difícil treinar os dois juntos. Como você faz para treinar sem se confundir ou misturar os movimentos dos dois estilos?

Offline K_1

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« Resposta #41 Online: Dezembro 27, 2006, 23:36:59 »
olá angelo, oss

quando comecei treinava shorin -ryu ai meu professor mudou para o shotokam, ele era  filiado na jka ea wuko hoje  wkf treinei a finco durante dez anos o karate shotokam, de vez em quando fazia  os kirons do shorin- ryu incrivel nunca esqueci,fui convidado a  participar de uma  luta de  kikcboxing e conheci  um pessoal do  kyokushin eles foram  muito  legais  comigo e  comecei a treinar o estilo sem parar de treinar  o shotokam, hoje treino os dois numa boa quando  to  no shotokam treino  o shotokam e no kyokushin o kyokushin, quando luto uso o que mais  gosto nos dois, no shotokam sou  shodan  por três federações  distintas e no  kiokushin marron pretendo  me graduar  em breve karatê é uma coisa  só , é como vc falar quem vence o leão ou tigre?? $%&!  os  dois tem  o mesmo peso a  mesma  mordida só habitam em regiões diferentes !!!e  assim  vai...tenho uma  amiga muito  querida que treina  wado -ryu e ela ando me ensinando umas  esquivas muito  legais num tenho  preconceito não ,mesmo  porque na  hora do  vamo  v  calibre e  precisão tem q  andar  juntos...

Abraço brother.
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Offline Angelo_Melo

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« Resposta #42 Online: Janeiro 15, 2007, 06:10:37 »
Oss K-1

Obrigado pela resposta!

Perguntei porque atualmente treino kyokushin mas tenho vontade de treinar shotokan também, que considero um grande estilo. Só tenho medo de acabar misturando os movimentos dos dois estilos e no final acabar prejudicando meu desenvolvimento em ambos.

Offline Karate-man

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História do Kyokushin
« Resposta #43 Online: Maro 31, 2007, 22:36:38 »
É. Eu acho que o Kyokushin é um estilo de karate muito útil e respeitável, e também que vem seguido da mais emocionante história: a de Mas Oyama.
Cá entre nós: eu acho que estão treinando Shotokan muito levemente. É um esporte sem contato, mas toda luta eu me machuco. Principalmente com defesas, e acho que não teve nenhuma que não atingi meu oponente com força, ou vice-versa. Qualquer esporte sem contato, acaba que tem contato, é inevitável. Na minha academia treinamos calejamentos, pois meu professor não treina apenas para campeonatos, ele é muito tradicionalista.

Offline Karate-man

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« Resposta #44 Online: Maro 31, 2007, 22:40:01 »
Desculpem por dizer "levemente"; Usei a expressão errada. Perdoem-me.
 Agora, poderiam me dizer se existe alguma academia de Kyokushin em Belo Horizonte??/